O comércio internacional é uma questão crucial para muitas economias globais, e as tensões comerciais entre grandes potências como os Estados Unidos e a China estão a ter grandes impactos na economia global.
Em 2018, o ex-presidente Donald Trump lançou uma guerra comercial com a China, levando a uma série de perturbações no mercado global. Na altura, a economia da China estava a prosperar e parecia prestes a ultrapassar os Estados Unidos como a maior potência económica do mundo. Contudo, os desafios económicos que a China enfrenta, tais como problemas relacionados com o imobiliário, a dívida e a deflação, enfraqueceram significativamente estas perspectivas.
Apesar destes desafios, a China está longe de estar indefesa. Analistas dizem que a liderança da China está mais bem preparada para um possível aumento das tensões comerciais com os Estados Unidos. Ao diversificar as suas parcerias comerciais, tomar medidas retaliatórias específicas contra empresas dos EUA e promover o consumo interno, a China está a adoptar uma abordagem proactiva para mitigar os efeitos das políticas comerciais dos EUA.
Em resposta à primeira guerra comercial orquestrada pela administração Trump e continuada pela administração Biden, a China e as suas empresas já tomaram medidas para reduzir a sua dependência comercial dos Estados Unidos. Esta tendência é claramente visível nos números do comércio internacional, com o México a ultrapassar a China como o maior exportador de bens para os Estados Unidos.
A China também intensificou os seus esforços para diversificar as suas parcerias comerciais, reduzindo a sua quota de exportações para os países do Grupo dos Sete (G7). Esta estratégia permitiu à China manter uma quota crescente das exportações globais, apesar de um declínio nas suas exportações para os Estados Unidos.
Curiosamente, a China está a adoptar uma abordagem ponderada e estratégica às ameaças comerciais dos EUA. Em vez de optar por medidas dramáticas, como uma venda massiva de obrigações do Tesouro dos EUA ou uma desvalorização significativa do yuan, a China prefere medidas retaliatórias específicas.
Em conclusão, a China mostra a sua resiliência face aos desafios comerciais impostos pelos Estados Unidos. Ao diversificar as suas parcerias, fortalecer o seu mercado interno e adotar medidas estratégicas de retaliação, a China posiciona-se para enfrentar qualquer escalada nas tensões comerciais com os Estados Unidos, demonstrando a sua capacidade de resistir a choques externos.