À medida que África avança em direcção a um futuro promissor, existem muitas ameaças à sua estabilidade e desenvolvimento. Durante o último Conselho Executivo dos Ministros dos Negócios Estrangeiros da União Africana, realizado em Adis Abeba, vários destes grandes desafios foram destacados.
Entre as questões de maior preocupação estão os golpes militares, a violência pré e pós-eleitoral, as crises humanitárias relacionadas com a guerra e os efeitos das alterações climáticas. O presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, sublinhou que estes problemas “representam uma séria ameaça de manchar os sinais da emergência de África da qual nos orgulhamos”.
O terrorismo, o extremismo violento e as mudanças inconstitucionais de governo também foram identificados como grandes desafios aos processos democráticos no continente. Dhoihir Dhoulkamal, Ministro dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação Internacional das Comores, bem como Presidente do Conselho Executivo, disse que estão a ser feitos esforços consideráveis para encontrar soluções duradouras para as actuais crises que afectam o continente.
Outra questão discutida durante esta sessão ministerial de dois dias é a da integração regional em África. Moussa Faki soou o alarme sobre um “novo fenómeno de colapso das nossas instituições de governação regional e continental”. Na verdade, muitos blocos regionais estão a passar por turbulências, como a Comunidade da África Oriental, onde o Burundi e o Ruanda enfrentam novos conflitos.
No entanto, devem também ser notados os esforços envidados pela União Africana para promover a educação e a cooperação multilateral. O tema da UA para o ano é “Educar e Treinar África para o Século XXI”, enfatizando a importância da educação para o futuro do continente. A UA está empenhada em desenvolver as capacidades tecnológicas de África em sectores-chave como o agronegócio, a indústria transformadora e a saúde global, para impulsionar o crescimento económico sustentável.
No que diz respeito à cooperação multilateral, a adesão da UA ao G20 oferece uma oportunidade única para contribuir para a governação económica global e influenciar as decisões internacionais. A UA também procura reforçar a sua cooperação com os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) para promover a cooperação Sul-Sul e defender os interesses do continente na cena global.
Em conclusão, embora África enfrente muitos desafios, está determinada a ultrapassar estes obstáculos e a continuar o seu caminho rumo ao desenvolvimento e à prosperidade. O compromisso da União Africana através de iniciativas como a educação e a cooperação multilateral ilustra a sua determinação em construir um futuro melhor para todos os africanos.