Fatshimetrie, 5 de novembro de 2024 (ACP) – O anúncio da nomeação de uma mulher indígena pigmeu para o cargo de conselheira responsável pelas questões e desenvolvimento do povo indígena pigmeu do governo provincial de Maï-Ndombé, localizado no sudoeste de na República Democrática do Congo, suscitou uma grande onda de entusiasmo e esperança entre a população local, especialmente entre os jovens da cidade de Inongo. Este acontecimento histórico foi apresentado durante um encontro que reuniu muitos jovens dos 8 territórios da província, bem como membros da comunidade indígena.
O governador da província, Lebon Nkoso Kevani, sublinhou a importância desta nomeação ao declarar: “É pela primeira vez na história da nossa província que um representante do povo indígena pigmeu tem acesso a uma posição de tão prestígio dentro da administração provincial. Ao nomear a Sra. Eugénie Eyenga Bayilwa como conselheira, reconhecemos não só as suas competências, mas acima de tudo a importância de dar voz a uma comunidade que é muitas vezes marginalizada. Esta decisão marca uma viragem simbólica na luta pela inclusão e representação das minorias étnicas nos órgãos de decisão.
Por sua vez, a Sra. Eyenga agradeceu ao Governador por esta nomeação, destacando o gesto de consideração para com a sua comunidade: “Agradeço infinitamente a Sua Excelência o Governador Provincial por esta marca de confiança. Ao nomear-me para este cargo, envia-me. uma forte mensagem de inclusão e respeito ao povo indígena pigmeu. É uma honra e um dever que aceito com humildade e determinação.”
A chegada da Sra. Eyenga entre os dez conselheiros do governo provincial de Mai-Ndombe representa assim um passo significativo em direcção a uma sociedade mais justa e equitativa, onde cada voz conta e onde a diversidade é valorizada. Esta nomeação encarna a esperança de um futuro onde a representatividade e a inclusão não sejam palavras vazias, mas realidades concretas ancoradas em ações e políticas de governação. Ao destacar o talento e a liderança dos membros da comunidade indígena, esta iniciativa abre caminho para uma sociedade mais justa e igualitária para todos os seus cidadãos.
ACP/UKB