O debate sobre o preço da gasolina produzida pela refinaria de Dangote desencadeou recentemente discussões entre as partes interessadas da indústria petrolífera na Nigéria. A polémica surgiu na sequência de declarações de alguns distribuidores de petróleo que sugerem que o preço da gasolina da refinaria é significativamente superior ao custo da sua importação.
De acordo com membros da Associação Independente de Varejistas de Petróleo da Nigéria (IPMAN), o preço da gasolina da refinaria de Dangote seria de cerca de ₦ 1.000 por litro, tornando a importação mais lucrativa.
O vice-secretário nacional do IPMAN, Yakubu Suleiman, revelou em entrevista à Arise Television que o custo atual de importação de gasolina é de ₦ 978,01 por litro, inferior ao alegado preço definido por Dangote.
Suleiman sublinhou a necessidade de os retalhistas procurarem as soluções mais económicas para garantir a rentabilidade, tendo simultaneamente em consideração o impacto nos consumidores nigerianos.
Os comentários da IPMAN destacam uma preocupação mais ampla dentro da indústria relativamente ao aumento dos preços dos combustíveis e à pressão sobre os consumidores.
Em resposta rápida, o Grupo Dangote rejeitou categoricamente os relatórios, chamando-os de “notícias falsas” na sua conta oficial X (antigo Twitter).
No entanto, a empresa não forneceu detalhes adicionais sobre a sua estratégia de preços real ou os fatores que influenciam possíveis ajustes de preços. Esta controvérsia levanta questões cruciais sobre a transparência no sector petrolífero e a necessidade de uma comunicação clara por parte das partes interessadas para esclarecer mal-entendidos e construir a confiança do público.