O partido político União para a Democracia e o Progresso Social (UDPS) na República Democrática do Congo está a mobilizar-se a favor da revisão da Constituição iniciada pelo Presidente Félix Tshisekedi. Esta iniciativa suscita debates apaixonados na cena política congolesa, com oposição marcante e apoiantes empenhados.
A posição da UDPS, expressa pelo seu secretário-geral Augustin Kabuya, é clara: é essencial apoiar o actual projecto de revisão constitucional. Segundo ele, trata-se de um acto democrático que visa responder às aspirações do povo congolês. Apesar das críticas e reservas expressas por alguns líderes políticos e pela Conferência Episcopal Nacional do Congo, a UDPS continua determinada a defender esta abordagem e a mobilizar a população a seu favor.
O anúncio de manifestações nacionais em apoio à revisão constitucional é um forte sinal do compromisso da UDPS com este projecto. Perante adversários que temem um possível terceiro mandato de Félix Tshisekedi, o partido no poder afirma a sua vontade de manter o rumo e destaca os benefícios positivos desta reforma para o país.
A mobilização da UDPS levanta questões importantes para o futuro político da RDC. Na verdade, a questão da revisão constitucional está intimamente ligada à estabilidade social e política do país. Tanto os apoiantes como os detractores deste projecto devem ser ouvidos para garantir um debate pluralista e construtivo.
No centro desta controvérsia está o legado político de Étienne Tshisekedi, fundador da UDPS e figura emblemática da oposição congolesa. A revisão constitucional é vista como uma forma de continuar a luta pela democracia e pelo progresso social.
Em última análise, a mobilização da UDPS a favor da revisão da Constituição na RDC realça as tensões e os problemas de uma democracia em construção. Os próximos protestos nacionais serão um teste decisivo para medir o apoio popular a esta reforma e para avaliar a sua legitimidade política.