A cimeira dos BRICS realizada em Kazan, na Rússia, em 2024, foi marcada por discursos notáveis do presidente russo, Vladimir Putin, e do presidente chinês, Xi Jinping. Estes dois líderes destacaram a necessidade de reforma dos órgãos das Nações Unidas (ONU) e sublinharam a importância de reforçar a cooperação dentro do grupo BRICS.
Vladimir Putin insistiu na necessidade de reformar as instituições de desenvolvimento da ONU, a fim de adaptá-las às realidades actuais. Em particular, apelou a um aumento na representação de países da Ásia, África e América Latina no Conselho de Segurança e noutros órgãos importantes. Esta proposta visa tornar a ONU mais representativa e mais sintonizada com a diversidade dos países membros da organização.
Além disso, o presidente russo destacou o papel dos BRICS como contrapeso ao Ocidente. Este grupo, inicialmente composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, expandiu-se para incluir outros países como Irão, Egipto, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita. Também foram feitos pedidos de adesão da Turquia, do Azerbaijão e da Malásia, demonstrando o apelo do grupo BRICS no cenário internacional.
Por sua vez, Xi Jinping, presidente chinês, apelou ao desenvolvimento de qualidade e à cooperação mais ampla dentro dos BRICS. Ele sublinhou a importância de consolidar as bases da cooperação, aprofundar a colaboração em vários domínios e promover a paz e o desenvolvimento globais.
Num contexto de mudanças profundas e de novas tendências geopolíticas, os países BRICS são chamados a desempenhar um papel vital na promoção da solidariedade e da cooperação entre as nações. Devem também comprometer-se a resolver conflitos regionais e a contribuir para a reforma da governação global.
Em conclusão, a Cimeira do BRICS de 2024 destacou a importância de uma cooperação reforçada entre os países membros para enfrentar os desafios do mundo contemporâneo. Os apelos à reforma da ONU e ao desenvolvimento de qualidade dentro do grupo BRICS demonstram o desejo dos líderes internacionais de construir uma ordem mundial mais justa e equilibrada.