Diplomacia egípcia na cúpula do BRICS de 2024

Diplomacia egípcia na cúpula do BRICS de 2024

“Fatshimetrie: diplomacia egípcia na cúpula do BRICS de 2024”

Na recente cimeira dos BRICS, o Ministro Egípcio dos Negócios Estrangeiros, Emigração e Expatriados, Badr Abdelatty, falou para esclarecer a posição do Egipto em relação ao grupo BRICS. Salientou que o Egipto considera os BRICS como um bloco económico acima de tudo, contando com esta aliança para dar voz ao Sul e aos países em desenvolvimento.

Numa entrevista ao “Fatshimetrie” na passada terça-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros sublinhou que o Egipto se opõe à política de polarização política, sublinhando que os desafios graves, tanto regionais como internacionais, exigem consenso entre as grandes potências.

O Egipto participou activamente em todas as reuniões dos BRICS na Rússia desde que se juntou oficialmente ao grupo em Janeiro de 2024. Abdelatty sublinhou que os BRICS são a voz do mundo em desenvolvimento para reorganizar o mapa da rede financeira global.

Lembrou também que o Egipto, como membro fundador do Movimento dos Não-Alinhados, não procura posicionar-se em qualquer polarização política internacional. Os BRICS não são um bloco político, mas sim um bloco económico que trabalha para promover interesses económicos comuns.

Abdelatty fez questão de sublinhar que uma solução militar não resolverá nenhum conflito e que quem pensa que pode garantir a segurança e a estabilidade através da força está errado. Salientou que a segurança e a estabilidade só podem ser alcançadas através da restauração dos direitos legítimos de todos.

Além disso, Abdelatty condenou veementemente a incapacidade da comunidade internacional de impedir os ataques e a matança de milhares de civis inocentes na Faixa de Gaza, na Cisjordânia e no Líbano. Sublinhou a necessidade de a comunidade internacional tomar uma posição clara no respeito pelos princípios do direito internacional e aplicar uma norma uniforme a todos os conflitos.

O Presidente Abdel Fattah El Sisi realizará várias reuniões bilaterais com líderes mundiais para garantir uma voz unificada a favor da prevenção da escalada de conflitos, a favor de um cessar-fogo e do fim da agressão.

O ministro destacou o compromisso do Egipto em proteger os civis e acabar com a violência em curso na Faixa de Gaza, na Cisjordânia e no Líbano. Salientou que nenhuma solução militar resolverá estas crises e que a estabilidade só poderá ser alcançada na região com a criação de um Estado palestiniano nas fronteiras de 1967, com Jerusalém Oriental como capital.

Em conclusão, a adesão do Egipto ao grupo BRICS abre múltiplas oportunidades de cooperação económica e comercial para o país. A participação do Egipto na 16ª cimeira dos BRICS, sob a liderança do Presidente Sisi, é a primeira desde a sua adesão em Janeiro. Espera-se que esta cimeira dos BRICS seja uma voz poderosa para o Sul Global e os países em desenvolvimento enfrentarem os desafios económicos globais e reformarem o sistema financeiro internacional.

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