Num contexto jurídico marcado pela audiência móvel no Tribunal Militar de Gombe, na prisão de Ndolo, o advogado do perito militar belga-congolês Jean-Jacques Wondo apelou eloquentemente à libertação provisória ou transferência do seu cliente para um centro de saúde. O Maître Carlos Ngwapitshi Ngwamashi destacou assim o preocupante estado de saúde do seu cliente, definhando em condições consideradas desumanas de detenção e tendo perdido peso, e fez um pedido urgente para melhorar a sua situação.
A defesa de Jean-Jacques Wondo apresentou argumentos sólidos para apoiar o seu pedido. Em primeiro lugar, o advogado argumentou que o seu cliente cumpria os critérios exigidos para beneficiar da liberdade provisória, sublinhando que tinha morada conhecida e que não se devia temer qualquer risco de fuga. Além disso, Maître Ngwapitshi defendeu a transferência de Jean-Jacques Wondo para um centro de saúde especializado, para que possa receber cuidados adaptados ao seu frágil estado de saúde.
O pedido do advogado levantou questões cruciais sobre as condições de detenção e o respeito pelos direitos fundamentais dos detidos. O pedido de clemência do Tribunal Militar destacou a importância de garantir condições dignas aos detidos, assegurando ao mesmo tempo o acesso aos cuidados de saúde necessários.
Além disso, durante esta mesma audiência, o Tribunal Militar examinou as memórias únicas de alguns réus absolvidos em primeiro grau, incluindo os dos Hotéis Chez Momo. Estes arguidos levantaram objecção à sua participação no processo de recurso, por considerarem que já não deveriam ser considerados partes no julgamento. Esta situação levanta questões jurídicas complexas relativas à continuidade dos processos judiciais e à protecção dos direitos dos indivíduos envolvidos em processos penais.
Em última análise, a audiência móvel no Tribunal Militar de Gombe destacou questões cruciais ligadas à justiça criminal e aos direitos dos arguidos. As alegações dos advogados e as deliberações do Tribunal destacam a necessidade de garantir um acesso justo à justiça e respeitar os direitos fundamentais de todos os indivíduos, incluindo aqueles que estão detidos.