O caminho para o desenvolvimento sustentável e equitativo na Nigéria

A necessidade de reformas económicas para o desenvolvimento sustentável

Economistas e especialistas financeiros nigerianos questionam as recomendações do Banco Mundial de que a Nigéria deveria continuar as reformas económicas em curso por mais 10 a 15 anos para colher os benefícios. O Vice-Presidente Sénior do Grupo Banco Mundial, Sr. Indermit Gill, argumentou recentemente em Abuja que o Governo Federal estava no caminho certo com as suas reformas económicas e deveria continuá-las durante as próximas décadas para transformar a economia.

Embora o Banco Mundial afirme que as reformas económicas do governo federal estão a dar frutos, com o défice orçamental da Nigéria reduzido para 4,4% no primeiro semestre de 2024, contra 6,2% no mesmo período do ano anterior, as opiniões dos especialistas nigerianos divergem.

Segundo Olatunde Amolegbe, antigo Presidente do Instituto de Corretores de Bolsa, a gestão da economia de um país como a Nigéria não pode limitar-se a um orçamento equilibrado e a números financeiros atractivos. As reformas em curso, embora necessárias, parecem ter um impacto negativo nas categorias mais vulneráveis ​​da sociedade. É crucial encontrar um equilíbrio para evitar que estas reformas gerem mais danos do que benefícios.

O analista de políticas públicas Clifford Egbomeade salienta que, embora as reformas visem promover a estabilidade económica a longo prazo, os desafios enfrentados pelos nigerianos comuns, como o aumento do custo de vida, levantam questões sobre a sua viabilidade imediata e os impactos sociais. As reformas não respondem eficazmente à necessidade de apoiar as populações mais vulneráveis, que já enfrentam pesados ​​encargos diariamente.

David Adonri, analista financeiro, reconhece que as reformas económicas podem ser dolorosas a curto prazo, mas acredita que a economia se ajustará gradualmente. Contudo, é essencial que estas reformas sejam acompanhadas por fortes redes de segurança social para proteger os mais pobres.

Em conclusão, é imperativo que as reformas económicas sejam realizadas de forma inclusiva e equitativa, com ênfase na protecção social, na criação de emprego e em medidas de intervenção específicas para mitigar as consequências negativas sobre as populações frágeis mais vulneráveis. A Nigéria não pode dar-se ao luxo de sacrificar o bem-estar dos seus cidadãos em nome do progresso económico a longo prazo. É necessária uma abordagem mais justa e equilibrada para garantir um desenvolvimento sustentável e inclusivo para todos os nigerianos.

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