“Luta contra a violência nas manifestações em Kinshasa: o governo congolês toma medidas de segurança”

O fenómeno da violência nas manifestações em Kinshasa continua a causar preocupação tanto a nível nacional como internacional. Há vários dias que a capital congolesa é palco de manifestações que degeneram em actos de vandalismo e violência, pondo em perigo a segurança de diplomatas estrangeiros, do pessoal da MONUSCO e dos seus bens.

Perante esta situação preocupante, o porta-voz do governo, Patrick Muyaya, e o Ministro do Interior, Peter Kazadi, falaram durante uma conferência de imprensa para anunciar as medidas de segurança tomadas para lidar com estes actos de violência.

Segundo o Ministro do Interior, é imperativo que os congoleses se manifestem pacificamente para fazer valer os seus direitos sem recorrer à violência. Salientou também que os actos de vandalismo e os ataques às instalações diplomáticas são inaceitáveis ​​e que os perpetradores serão processados ​​pelas forças de segurança.

Para garantir a segurança dos manifestantes e prevenir atos de violência, o Ministério do Interior tomou diversas medidas. Em primeiro lugar, foi proibido o acesso de mototáxis ao município de Gombe. Depois, é proibida qualquer aglomeração de mais de 5 pessoas em Gombe, assim como a presença de vendedores ambulantes e moradores de rua, chamados “Shégués”. Também serão implementadas patrulhas diurnas para garantir o cumprimento destas medidas.

Peter Kazadi apelou também aos congoleses para que permaneçam calmos e disciplinados, apoiando o comandante supremo das forças armadas e da polícia. Ele também falou de uma “guerra midiática” liderada por Ruanda para manipular informações.

Estas medidas de segurança surgem após uma série de manifestações em Kinshasa, marcadas por ataques contra empresas dirigidas por chancelarias indo-paquistanesas e ocidentais. Os manifestantes manifestam a sua insatisfação com a inacção da comunidade internacional contra os grupos armados activos no leste do país, em particular o M23.

Para além destes incidentes, é essencial que a situação se acalme e que sejam encontradas soluções pacíficas para dar resposta às preocupações dos congoleses. A procura da paz e da estabilidade deve ser a prioridade para permitir ao país progredir económica e socialmente.

É também crucial que as autoridades congolesas implementem medidas eficazes para garantir a segurança dos diplomatas estrangeiros e do pessoal da MONUSCO. A comunidade internacional deve também apoiar os esforços do governo congolês na luta contra os grupos armados e na promoção do Estado de direito.

Concluindo, é importante que as manifestações ocorram com calma e respeitem os direitos de todos. A violência não resolverá os problemas do país, mas pelo contrário agravará as tensões e divisões. O diálogo e a procura de soluções pacíficas são as únicas formas de progredir rumo a um futuro melhor para a República Democrática do Congo.

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