Num contexto económico onde a inflação continua a ser uma grande preocupação, a Nigéria registou um aumento significativo da sua taxa de inflação em Setembro de 2024. De acordo com o último relatório do Gabinete Nacional de Estatísticas, a taxa de inflação subiu para 32,7%, marcando uma inversão de tendência após dois meses consecutivos de queda, para 32,15% em agosto.
Este aumento foi impulsionado principalmente por um notável aumento mensal da inflação alimentar, de 2,37% para 2,64%. Os dados revelam que os preços de commodities como milho, arroz, feijão, inhame, óleo vegetal e palma tiveram um aumento significativo. Este aumento nos preços dos alimentos teve um impacto direto na inflação geral do país.
Numa base anual, a taxa de inflação global em setembro de 2024 foi 5,98 pontos percentuais mais elevada em comparação com setembro de 2023, evidenciando a crescente pressão inflacionista. Olhando mais de perto os números, fica claro que a inflação alimentar tem desempenhado um papel fundamental nesta tendência ascendente, com um aumento de 37,77% numa base anual, representando um aumento significativo em comparação com o mesmo período do ano anterior.
O relatório destaca os principais factores que contribuíram para este aumento da inflação alimentar, incluindo o aumento dos preços de produtos como cerveja, óleo vegetal, farinha de milho e produtos lácteos. Esta tendência ascendente dos preços dos alimentos é explicada por uma combinação de factores internos e externos, tais como pressões inflacionistas globais e políticas económicas nacionais.
Além disso, a análise mensal da inflação alimentar mostra um aumento de 2,64% face ao mês anterior, o que indica uma tendência contínua de subida dos preços dos produtos alimentares no mercado. Esta evolução levanta preocupações sobre o impacto da inflação no poder de compra das famílias e na estabilidade económica do país.
Globalmente, a actual situação inflacionista na Nigéria realça a necessidade de uma gestão económica proactiva para mitigar as pressões inflacionistas e garantir a estabilidade financeira a longo prazo. As autoridades devem desenvolver políticas eficazes para controlar a inflação, promover a produção local e garantir o acesso a alimentos a preços acessíveis para toda a população.