Na província do Congo-Centro, foi recentemente tomada uma decisão importante relativamente à greve dos declarantes aduaneiros. Após vários dias de mobilização, estes profissionais, que trabalham nas localidades de Matadi, Boma e Lufu, decidiram regressar ao trabalho esta terça-feira, 15 de outubro. Esta resolução surge na sequência de uma reunião em Kinshasa que reuniu os principais intervenientes do sector, presidida pelo vice-primeiro-ministro Jean-Pierre Bemba.
Uma das principais reivindicações dos declarantes aduaneiros foi a abolição da taxa de logística terrestre, introduzida há dez anos por uma duração inicial de apenas dois anos. Este imposto tem tido repercussões significativas no quotidiano dos residentes da região, contribuindo para a escassez e aumento dos preços de muitos produtos, bem como para o congestionamento dos portos locais.
Perante esta situação, o Vice-Primeiro-Ministro optou por iniciar uma auditoria, envolvendo a Inspecção-Geral das Finanças, para examinar a utilização das receitas geradas pela taxa de logística terrestre. Esta decisão visa dar respostas concretas às preocupações dos declarantes aduaneiros e garantir a transparência na gestão dos fundos arrecadados.
A interrupção da greve dos declarantes aduaneiros marca um ponto de viragem neste movimento social, oferecendo assim uma oportunidade de diálogo e consulta entre os diferentes intervenientes. Esta retomada do trabalho abre caminho para discussões construtivas destinadas a encontrar soluções duradouras para os desafios encontrados no sector aduaneiro do Centro do Congo.
Em conclusão, a retoma das actividades dos declarantes aduaneiros na província do Congo-Central após este período de greve destaca a importância do diálogo e da negociação para resolver conflitos e encontrar resultados satisfatórios para todas as partes envolvidas. Esperemos que esta dinâmica positiva continue e contribua para fortalecer a transparência e a eficiência das operações aduaneiras na região.