Reintegração social das mulheres encarceradas: um pedido crucial de fundos na RDC

Fatshimetrie, 14 de Outubro de 2024. Um apelo crucial para a angariação de fundos foi lançado hoje, destacando a necessidade premente de apoiar a reintegração social e a formação de mulheres e raparigas encarceradas na República Democrática do Congo (RDC). Esta iniciativa, apoiada pela Acção para o Desenvolvimento Sustentável (APLDD), pretende oferecer um novo começo a estas mulheres, permitindo-lhes beneficiar de formação adaptada e apoio à sua reintegração na sociedade.

Neneth Masangi, diretora geral da APLDD, sublinhou a importância desta abordagem, que se insere no projeto “Recuperação do tecido económico de mulheres e jovens em restaurantes improvisados, vulgarmente chamados de ‘Malewa’”. Este projeto, apoiado pela Agência Nacional para o Empreendedorismo e o Desenvolvimento da Criação (ANADEC), visa incentivar a liderança feminina, promover o empoderamento das mulheres e promover a igualdade social. Trata-se também de encorajar a criação de pequenas e médias empresas (PME), a fim de permitir que estas mulheres se tornem actores do desenvolvimento na RDC.

Um evento emblemático, a noite de gala de caridade “Gourmet Congolais”, está planeado para 6 de Dezembro. Esta noite de caridade terá como objectivo sensibilizar os diferentes sectores da sociedade e angariar fundos adicionais para apoiar as mulheres e jovens apoiadas pelo projecto. Através deste evento serão financiados kits para criação de empresas, materiais de formação culinária, bem como campanhas de sensibilização contra a violência de género.

O projeto piloto, lançado em novembro de 2023 no município de Barumbu, já formou cerca de 70 mulheres de restaurantes improvisados ​​em diversos temas como higiene alimentar, gestão financeira e arte culinária. Abrangendo um período de dois anos, este projecto representa um compromisso significativo com o empoderamento das mulheres na RDC.

Em conclusão, este apelo por fundos é de importância capital para o futuro das mulheres e raparigas encarceradas na RDC. Ao investir na sua formação e reinserção social, a sociedade contribui para a construção de um futuro mais inclusivo e equitativo para todos.

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