Professores na República Democrática do Congo expressaram recentemente o seu descontentamento durante uma manifestação, recusando-se a pôr fim à greve, apesar das tentativas do governo de os encorajar a regressar às aulas. Este protesto, organizado pela Sinergia dos Sindicatos da RDC, destaca as injustiças persistentes no sector da educação na RDC.
A primeira-ministra Judith Suminwa apelou ao recomeço das aulas num discurso aos meios de comunicação social, instando os professores a mostrarem patriotismo. No entanto, os professores em greve mantiveram a sua posição, reafirmando as suas reivindicações por um salário digno, a padronização das escalas salariais, a racionalização do ensino gratuito e a promoção dos funcionários da inspecção da educação.
Jean-Bosco Puna, porta-voz da Sinergia dos Sindicatos da RDC, sublinhou a importância de o governo demonstrar vontade política e evitar medidas repressivas contra os professores. Destacou também as dificuldades encontradas pelos professores face à pobreza social generalizada, denunciando as ameaças e pressões exercidas sobre estes profissionais da educação.
Além disso, a Sinergia dos Sindicatos dos Professores denunciou a sabotagem da educação gratuita por parte de certas escolas primárias católicas que pedem aos pais que cubram os salários dos professores. Esta situação realça os desafios persistentes que o sistema educativo enfrenta na RDC, comprometendo a escolaridade das crianças e a qualidade da educação ministrada.
Em conclusão, a greve dos professores na RDC ilustra as tensões e injustiças que persistem no sector da educação. É essencial que o governo e as partes interessadas no sector da educação encontrem soluções duradouras para responder às exigências legítimas dos professores e garantir uma educação de qualidade para todas as crianças congolesas.