Fatshimetria
Nos territórios de Djugu e Irumu, em Ituri, acaba de ser anunciado um grande avanço na saúde mental e no bem-estar psicossocial. Três centros de saúde na região beneficiam agora de um serviço dedicado ao tratamento de perturbações mentais, uma iniciativa apoiada pelo Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV).
O contexto de conflitos armados nesta região tem um impacto considerável na saúde mental dos habitantes. O stress e o trauma causados pela violência armada são factores importantes nas perturbações mentais. É com isto em mente que o CICV criou estes serviços de saúde mental e psicossociais, com o objetivo de prestar apoio essencial às pessoas afetadas pelas consequências devastadoras dos conflitos.
Frederik Sostheim, chefe da subdelegação do CICV em Bunia, sublinha a importância deste serviço para o Programa Nacional de Saúde Mental. Ao oferecer estes serviços em vários centros de saúde, como Rubingo, Tchabi, Nyankunde Kilo e os serviços de reabilitação física de Rwankole, o CICV fortalece o seu compromisso com as populações vulneráveis afetadas por conflitos armados.
As consequências psicológicas causadas pela violência relacionada com conflitos são uma realidade difícil de superar para muitas pessoas. A falta de informação clara e credível sobre saúde mental contribui para manter um pesado silêncio em torno destas questões, colocando em risco a saúde mental dos indivíduos.
Ao incentivar a fala e proporcionar um espaço para escuta e apoio, o CICV e os profissionais de saúde mental estão ajudando a quebrar esse silêncio e apoiando as pessoas afetadas no sentido do bem-estar psicológico. É essencial preservar a segurança e a dignidade das pessoas em causa, oferecendo-lhes um apoio adaptado às suas necessidades.
A criação destes serviços de saúde mental e psicossociais é um passo crucial no apoio às populações afectadas por conflitos armados. Ao propor soluções concretas e promover uma abordagem holística à saúde mental, o CICV e os seus parceiros contribuem para melhorar o bem-estar dos indivíduos e fortalecer a resiliência das comunidades afetadas.
Em suma, a criação destes centros de saúde mental e psicossocial marca um avanço significativo no tratamento de perturbações mentais em zonas de conflito armado. É um raio de esperança para as pessoas afetadas, que podem agora beneficiar de um apoio essencial para superar o trauma associado à violência perpetrada na sua região.