O mundo dos meios de comunicação social na República Democrática do Congo vive hoje grandes mudanças com a decisão do novo comité director da União Nacional de Imprensa do Congo (UNPC) de suspender a emissão de cartões de imprensa. Uma medida que visa sanear a profissão, pondo fim às práticas abusivas e à usurpação do título de jornalista.
O presidente da UNPC, Baudouin Kamanda Wa Kamanda Muzembe, anunciou a decisão após tomar posse como chefe da organização auto-reguladora de jornalistas. Esta suspensão da emissão de cartões de imprensa é também acompanhada pela cessação dos certificados que servem como cartões de imprensa, com o objectivo de garantir a integridade e legitimidade da profissão jornalística na República Democrática do Congo.
Esta iniciativa visa pôr fim às práticas fraudulentas e fortalecer a ética na profissão jornalística. Com efeito, o presidente da UNPC sublinha a importância de respeitar as leis e regulamentos que regem a profissão, bem como a necessidade de os jornalistas protegerem a sua profissão contra qualquer forma de aventureirismo e usurpação.
Além disso, esta decisão faz parte de um desejo de renascimento da profissão jornalística na RDC, como evidenciado pelo tema do 10º Congresso da UNPC, intitulado “Renascimento, juntos moldamos o futuro da nossa profissão”. O novo comitê diretor, eleito neste congresso, está empenhado em promover a ética e a transparência dentro da corporação, ao mesmo tempo que promove o trabalho de verdadeiros jornalistas.
A nomeação de funcionários experientes dentro do UNPC, como Zegbia Wembulu Jasbey como Secretário-Geral e Rachelle Kitsita como Tesouro, demonstra o desejo de profissionalizar ainda mais o sector da comunicação social na RDC. Esta nova equipa, sob a liderança de Baudouin Kamanda Wa Kamanda Muzembe, encarna uma visão de excelência e rigor, visando restaurar a imagem da imprensa congolesa.
Em conclusão, a suspensão da emissão de cartões de imprensa na RDC marca um importante ponto de viragem no processo de regulamentação e promoção da profissão jornalística. Esta abordagem visa restaurar a confiança do público nos meios de comunicação social e garantir a credibilidade da informação divulgada, num contexto marcado pelo aumento da concorrência e por desafios significativos para o jornalismo congolês.