Foi no centro da arena política de Benue que ocorreram acontecimentos que revelaram a profundidade das questões e as convicções que movem os seus actores. O ex-governador, cacique Samuel Ortom, tomou recentemente uma decisão que surpreendeu muita gente: não concorrer às eleições de 2027. Uma afirmação que só pode ser explicada por uma fonte divina, segundo as suas próprias palavras, já que revela que Deus lhe disse que não. para concorrer a um cargo neste momento.
Esta confidência feita durante a visita de cortesia dos membros do grupo G-14 do Partido Democrático Popular (PDP) revela uma profunda dimensão espiritual na vida política do ex-governador. Para ele, o fracasso sofrido durante as eleições de 2023 seria fruto de um impulso pessoal, sem deixar espaço para consulta divina prévia.
Num ato de humildade e respeito pela vontade de Deus, Samuel Ortom anuncia retirar as suas ambições de responder a uma vocação superior. Esta abordagem submete a razão à fé, conferindo à abordagem política uma dimensão de consciência e de responsabilidade moral face às convicções profundas.
O seu serviço ao Estado foi marcado por sacrifícios pessoais substanciais, revelando uma devoção inabalável à causa pública. Mas, para além das ambições pessoais, reconhece que o interesse do partido tem precedência sobre qualquer aspiração individual, um exemplo de lealdade e auto-sacrifício político.
A visita do grupo G-14, emblema de sabedoria e experiência política na região, demonstra o reconhecimento e o apoio inabalável a Ortom. Esta lealdade a uma liderança forte demonstra a importância das alianças e dos conselhos no mundo político, onde as decisões são muitas vezes matizadas com cálculos e estratégias subtis.
O anúncio da não candidatura de Samuel Ortom às próximas eleições levanta questões sobre o futuro da governação local e possíveis transformações dentro do PDP. Esta decisão, motivada pela orientação espiritual, abre novas perspectivas relativamente aos rumos e escolhas futuras dos partidos políticos locais.
Em suma, a saga política de Samuel Ortom revela uma parte importante da dinâmica política em Benue, destacando os valores da fé, da lealdade e do sacrifício ao serviço do bem comum. Uma lição valiosa, que nos lembra que a política pode transcender as contingências terrenas para assumir uma profunda dimensão espiritual, para além dos simples jogos de poder e da ambição pessoal.