Num mundo onde as doenças infecciosas em constante evolução continuam a ser uma ameaça constante, o surto da doença do vírus de Marburg no Ruanda não é excepção. Com mais de 20 casos confirmados e várias mortes notificadas, as autoridades de saúde ruandesas estão a intensificar os esforços para controlar a propagação desta infecção.
A situação é preocupante, com casos confirmados em vários distritos do país. Alguns pacientes estão atualmente isolados e recebendo tratamento adequado, enquanto dezenas de pessoas em contato com os casos relatados foram identificadas e estão sendo monitoradas de perto. As autoridades estão a trabalhar 24 horas por dia para identificar a origem da infecção e tomar as medidas necessárias para conter a sua propagação.
Diante desta crise sanitária, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reagiu rapidamente prestando apoio ao país. Os suprimentos médicos tão necessários serão transportados de Nairobi para Kigali nos próximos dias, demonstrando o compromisso da organização no combate a esta epidemia. A Dra. Matshidiso Moeti, Directora Regional da OMS para África, destacou a estreita colaboração entre a organização e as autoridades nacionais para reforçar os esforços existentes.
Além do apoio técnico e logístico, a OMS está a coordenar ações para reforçar as medidas transfronteiriças para prevenir a propagação da doença. No centro desta epidemia está o vírus Marburg, pertencente à mesma família responsável pela doença do vírus Ébola. Esta doença é caracterizada por febre hemorrágica e tem uma taxa de letalidade de até 88%. Os humanos contraem o vírus de morcegos frugívoros e a transmissão entre indivíduos ocorre através do contato direto com fluidos corporais de pessoas infectadas.
Perante esta ameaça, a cooperação internacional e a mobilização de recursos são essenciais para conter a epidemia e proteger a população contra os riscos para a saúde. Os desafios são numerosos, mas com acção concertada e esforços colectivos é possível ultrapassar esta crise e prevenir futuras epidemias. A situação exige vigilância constante e resposta rápida, num mundo onde a saúde pública deve ser uma prioridade máxima para garantir a segurança e o bem-estar de todos.