Barreira rodoviária ilegal no Kivu do Sul: sociedade civil denuncia práticas abusivas de elementos das FARDC

Fatshimetrie, um meio de comunicação investigativo empenhado, destaca uma situação preocupante na província de Kivu do Sul, onde a sociedade civil de Mwenga denuncia as práticas abusivas de elementos das FARDC numa barreira rodoviária instalada na estrada Ngando – Kibanda, no sentido de Luntuku. Esta estrada essencial que liga os territórios de Mwenga e Walungu, através do rio Ulindi, tornou-se palco de assédio financeiro injustificado, mobilizando a indignação e a denúncia da população local.

Segundo testemunhos locais, os utentes que utilizam esta via são obrigados a pagar 1.000 FC por cada passagem, perpetuando assim uma prática ilegal e abusiva denunciada pela sociedade civil. A barreira instalada em Kibanda, no posto de controlo fiscal da chefia de Basile, contraria claramente as decisões tomadas a nível nacional e provincial que proíbem estas barreiras salariais na República Democrática do Congo.

Lungele Itebo Samuel, presidente esclarecido da sociedade civil no território Mwenga, está indignado com esta situação inaceitável. Apela à mobilização das autoridades locais e do comandante do regimento 3306 para pôr fim a estas ações prejudiciais à população local. Num espírito de solidariedade e resiliência, incentiva também os cidadãos a permanecerem vigilantes e a denunciarem qualquer forma de assédio ao longo deste percurso vital.

Os elementos das FARDC responsáveis ​​por esta barreira ilegal estabeleceram inicialmente a sua presença na zona mineira de Kitota, no agrupamento Balobola, antes de se deslocarem para Kibanda, deixando para trás o desconforto e o descontentamento dos habitantes.

Perante esta situação, a população local espera fortemente que a voz da sociedade civil e os apelos às autoridades dêem frutos. A luta contra as práticas abusivas e ilegais nas estradas congolesas continua a ser uma questão essencial para garantir a segurança, a livre circulação e o respeito pelos direitos dos cidadãos. A Fatshimetrie continuará a acompanhar de perto esta questão e a dar voz aos envolvidos na promoção da transparência e da justiça social na RDC.

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