A solidariedade e o apoio às vítimas da agressão ruandesa no leste da República Democrática do Congo continuam a despertar o compromisso e a mobilização. Num comunicado de imprensa publicado recentemente, a Ministra do Género, Família e Criança, Mireille Masangu, anunciou a organização de uma marcha de apoio prevista para 14 de Fevereiro em Kinshasa.
Esta marcha, que terá início na estação central, terá como ponto final de concentração o Palais de la Nation, onde os manifestantes pretendem entregar um memorando oficial. O objectivo desta acção é mostrar ao mundo inteiro que a guerra no leste do país é um grande obstáculo ao empoderamento das mulheres e à estabilidade das famílias.
A participação nesta marcha está aberta a todos, homens e mulheres, desde instituições, empresas públicas e privadas, administração pública, confissões religiosas, sociedade civil e partidos políticos. A escala esperada desta mobilização visa denunciar a agressão ruandesa e expressar apoio inabalável às vítimas congolesas.
Esta nova ação soma-se a outras iniciativas já realizadas para sensibilizar a opinião pública e denunciar a agressão ruandesa. Recentemente, ocorreram protestos em Kinshasa, demonstrando indignação perante a inacção da comunidade internacional. Infelizmente, estas manifestações degeneraram em ataques contra várias embaixadas, incluindo principalmente a de França, bem como contra propriedades e diplomatas da MONUSCO. Isto mostra a gravidade da situação e exige uma resposta firme da comunidade internacional.
Enquanto estas ações decorrem nas ruas de Kinshasa, os confrontos violentos entre as forças armadas congolesas (FARDC) e os grupos armados M23-RDF continuam nos territórios de Rutshuru, Masisi e Nyiragongo do Kivuti do Norte. A população local continua a sofrer as consequências desastrosas desta guerra, que apenas perpetua a instabilidade e a insegurança na região.
É essencial que a comunidade internacional preste atenção sustentada a esta situação preocupante na República Democrática do Congo. Os congoleses, especialmente as mulheres e as crianças, precisam de um forte apoio na sua luta pela paz, justiça e estabilidade. A marcha planeada em Kinshasa é um exemplo da determinação do povo congolês em não permanecer calado face aos actos de violência de que é vítima.
Em conclusão, a marcha de apoio às vítimas da agressão ruandesa e à restauração da integridade territorial planeada em Kinshasa é uma oportunidade para a população congolesa se fazer ouvir e mostrar a sua determinação em pôr fim à violência no leste do país. É essencial que a comunidade internacional apoie estes esforços e tome medidas concretas para resolver esta crise que está a ter consequências devastadoras para a população congolesa. Assim, a marcha simboliza a esperança e a coragem dos congoleses na sua busca pela paz e pela justiça.