No passado domingo, ao largo da costa de Dakar, no Senegal, foi feita uma descoberta macabra que trouxe à tona as tragédias ligadas à emigração ilegal na África Ocidental. Uma canoa à deriva, denominada “Saliou Mbacké”, foi avistada por pescadores, revelando uma visão horrível com cadáveres em avançado estado de decomposição a bordo.
A história deste barco parece estar intimamente ligada à de uma centena de candidatos à emigração ilegal que partiram para o mar a partir da cidade de Mbour no dia 13 de Agosto. As autoridades locais apontaram ainda que a cor e o nome da canoa coincidem com os do barco encontrado no domingo, levantando profundas preocupações sobre o destino trágico destes viajantes em busca de uma vida melhor.
Esta nova tragédia surge apenas duas semanas depois do naufrágio de outra canoa ao largo da costa de Mbour, que custou a vida a pelo menos 39 pessoas. Estas tragédias destacam os riscos extremos enfrentados pelos migrantes ilegais, que enfrentam o oceano em condições muitas vezes precárias e perigosas para tentar chegar à Europa.
As autoridades senegalesas, em colaboração com unidades da marinha, são mobilizadas para trazer a canoa e os corpos para terra, a fim de realizar a investigação e identificar as vítimas. Esta nova tragédia levanta mais uma vez a necessidade de uma acção concertada para combater a emigração ilegal e garantir a segurança das populações vulneráveis que embarcam nessas travessias com risco de vida.
Neste momento em que os desafios da migração estão no centro das preocupações globais, é crucial implementar políticas e mecanismos de prevenção para evitar que tais tragédias voltem a acontecer. O drama da canoa “Saliou Mbacké” é um lembrete comovente dos perigos que os migrantes enfrentam, ao mesmo tempo que sublinha a urgência de uma acção concertada para proteger as suas vidas e os seus direitos fundamentais.