A importância de sensibilizar e apoiar as pessoas afectadas pela doença de Alzheimer na República Democrática do Congo está a receber especial atenção por ocasião do Dia Mundial Contra a Doença de Alzheimer. Numa entrevista realizada em Kinshasa, o Dr. Emmanuel Epenge, neuropsiquiatra do Centro Neuropsicopatológico, sublinha a responsabilidade colectiva da população para com os indivíduos que sofrem de perturbações de memória. Insiste na necessidade de apoiá-los, orientá-los e rodeá-los de amor e solidariedade para evitar o isolamento e a estigmatização.
Através do tema deste dia, “É hora de agir contra os gastos e é hora de agir contra a doença de Alzheimer”, o Dr. Epenge apela a uma mudança na perspectiva da sociedade e dos profissionais de saúde sobre a doença. Destaca os sinais característicos da doença de Alzheimer, como problemas de memória, linguagem e funcionamento intelectual. Esses sintomas, muitas vezes progressivos, podem afetar o dia a dia das pessoas afetadas, desde o esquecimento de compromissos até a perda da capacidade de nomear palavras.
Diante desses desafios, o médico ressalta a importância do tratamento precoce e regular por um neuropsiquiatra para pessoas com mais de 60 anos. Embora não haja cura para o Alzheimer, os medicamentos atuais visam aliviar os sintomas associados à doença. No entanto, lamenta os obstáculos encontrados no tratamento, como a falta de informação, rastreio e estruturas de cuidados adequadas.
Na República Democrática do Congo, onde a doença de Alzheimer é por vezes vista como bruxaria, as pessoas afetadas enfrentam estigma e preconceito. O Dr. Epenge destaca a importância de aumentar a sensibilização e combater esta forma de discriminação para garantir um apoio adequado aos pacientes.
Assim, o Dia Mundial da Doença de Alzheimer, comemorado todos os anos no dia 21 de setembro, constitui uma oportunidade de sensibilização e mobilização para combater o estigma associado a esta doença e outras formas de demência. É tempo de agir colectivamente para oferecer melhor apoio e cuidados óptimos às pessoas afectadas pela doença de Alzheimer na RDC.