O mercado de títulos de dívida na República Democrática do Congo continua a despertar grande interesse com os recentes anúncios do governo relativamente à sua mobilização no mercado interno. No terceiro trimestre de 2024, o Governo planeia mobilizar um montante total de 366 milhões de dólares para financiar as suas diversas atividades.
Segundo dados do Banco Central do Congo, os próximos leilões de Obrigações do Tesouro apontam para uma arrecadação prevista de 190,0 mil milhões de Francos Congoleses (CDF) bem como de 300,0 milhões de Obrigações do Tesouro em dólares norte-americanos. Esta dinâmica de captação de recursos já começou com o recente leilão de 3 de setembro de 2024, durante o qual o Tesouro conseguiu angariar um montante de 95,0 milhões de dólares em Obrigações do Tesouro com maturidade de 1 ano e 6 meses.
Refira-se que neste leilão a taxa de juro foi fixada em 9% ao ano, com possibilidade de parcelamento trimestral até ao vencimento, e registou uma taxa de cobertura de 105,6%. Estes números sublinham a atratividade dos investidores para os títulos de dívida congoleses, apesar dos desafios económicos que o país enfrenta.
Na verdade, a República Democrática do Congo tem de lidar com uma previsão de inflação de 6,5% e um rácio da dívida pública relativamente elevado em comparação com o PIB. No entanto, o Governo não hesita em emitir títulos no mercado para financiar os seus projectos e apoiar a actividade económica do país.
Neste contexto, as previsões de crescimento continuam encorajadoras, com uma taxa de crescimento do PIB estimada em 6% no final de Junho de 2024, impulsionada principalmente pelo sector extractivo. Esta tendência positiva poderá ajudar a reforçar a confiança dos investidores e atrair mais capital para o mercado congolês de títulos de dívida.
Em conclusão, a mobilização de fundos no mercado interno de títulos de dívida na República Democrática do Congo reflecte o desejo do governo de fortalecer a sua situação financeira e apoiar o crescimento económico do país. Apesar dos desafios que se avizinham, as perspectivas económicas continuam encorajadoras, alimentando a esperança num futuro mais próspero para a nação congolesa.