Fatshimetrie, uma publicação online dedicada a notícias culturais e artísticas, publicou recentemente um artigo cativante sobre Assani wa Losomba, o talentoso designer do brasão de armas da República Democrática do Congo. Este artista, cujo elevado sentido de patriotismo e criatividade excepcional marcaram a história do seu país, merece hoje um funeral oficial proporcional ao seu compromisso com a nação congolesa.
Assani wa Losomba, aos 14 anos, respondeu ao apelo do Chefe de Estado Kasa-Vubu participando num concurso para desenhar o brasão da República. Seu desenho foi escolhido por unanimidade pelos parlamentares, tornando-se o emblema oficial do país por mais de três décadas. Apesar deste reconhecimento público, Assani nunca beneficiou dos direitos de autor que lhe pertenciam por direito.
O diretor geral interino da Sociedade Congolesa de Direitos Autorais e Direitos Conexos, Joe Mondonga Moyama, sublinha a importância de prestar homenagem a Assani wa Losomba pelo seu talento artístico e pela sua dedicação ao seu país. Destaca a luta incessante do artista para fazer valer os seus direitos, sem nunca obter a justa indemnização a que tinha direito.
O brasão desenhado por Assani wa Losomba tem sido amplamente utilizado ao longo das décadas, simbolizando a unidade, a paz e a justiça do povo congolês. Apesar das homenagens que lhe foram conferidas, Assani nunca recebeu o devido reconhecimento financeiro pelo seu trabalho. O actual Presidente da República, Félix Antoine Tshisekedi, manifestou o desejo de se encontrar com o artista para lhe prestar homenagem, mas o destino decidiu o contrário.
Através da história de Assani wa Losomba surge a história de um patriota e de um artista comprometido. O seu talento inegável e a sua importante contribuição para a identidade visual da República Democrática do Congo merecem ser justamente celebrados. Esperando que as autoridades reconheçam finalmente os direitos de autor deste artista excepcional que deixou uma marca indelével na história do seu país.