O recente êxodo de empresas multinacionais da economia nigeriana levanta sérias preocupações sobre o futuro do país. O Sector Privado Organizado (OPS) no Estado de Anambra alerta para o risco iminente de incumprimento da dívida soberana da Nigéria, ilustrando as terríveis consequências desta tendência preocupante.
Durante uma conferência organizada pela Fatshimetrie, especialistas destacaram o impacto negativo desta migração de empresas internacionais na economia da Nigéria. De acordo com as suas estimativas, o país já perdeu mais de N98 biliões devido a esta situação alarmante. Esta fuga de capitais estrangeiros reflecte os desafios que a Nigéria enfrenta e realça a fragilidade da sua actual situação económica.
O Dr. Vincent Owuani, durante as suas observações, destacou que a economia nigeriana está assolada por um crescimento fraco, marcado por sectores-chave como a agricultura, a indústria transformadora, o comércio e o petróleo e o gás que lutam para se desenvolver. Esta estagnação económica é amplificada pelo aumento dos custos operacionais, gerado pela subida dos preços dos combustíveis e do gasóleo, impactando assim a competitividade das empresas nacionais.
Além disso, os oradores expressaram preocupação com o possível incumprimento da dívida soberana da Nigéria se não forem tomadas medidas urgentes para inverter a tendência actual. Salientaram que o país corre o risco de cair numa grave crise económica, possivelmente conduzindo a uma deterioração da situação socioeconómica global.
Os ex-presidentes da Câmara da Indústria de Minas e Agricultura de Onitsha e outros especialistas presentes insistiram na natureza sem precedentes da crise actual e criticaram a gestão económica do país. Apontaram o dedo ao Banco Central da Nigéria por invadir a jurisdição do Ministério das Finanças e do Comércio, pondo assim em causa a eficácia das políticas económicas existentes.
Em conclusão, é imperativo que as autoridades tomem medidas concretas para inverter a tendência de êxodo de empresas internacionais e promover um ambiente económico mais propício ao crescimento e ao desenvolvimento. A Nigéria deve empreender reformas estruturais profundas para estimular o investimento, promover a inovação e reforçar a competitividade da sua economia na cena internacional. Só uma acção rápida e coordenada permitirá evitar o pior cenário temido pelo sector privado e pelos observadores informados.