O movimento grevista decretado pela Sinergia dos Sindicatos dos Professores Kongolo a partir de segunda-feira, 2 de setembro, dia do início do ano letivo, evidencia as profundas preocupações dos professores congoleses sobre as suas condições de trabalho e a sua remuneração. Esta decisão radical surge na sequência da observação amarga do incumprimento dos compromissos assumidos pelo governo da RDC para com a bancada sindical.
Na verdade, os acordos de Mbudi, Bibwa 1, Mbwela 1,2, 3 e 4, Bibwa 2 e Bibwa 3 de 10 a 24 de Agosto de 2024, que o governo subscreveu, não foram totalmente respeitados. Os professores exigem um salário mínimo de 500 dólares por mês, uma exigência legítima para os profissionais da educação cuja missão é essencial para o futuro das gerações jovens.
Placide Tambwe Mandevu, membro influente do Sindicato dos Professores do Congo (SYECO), sublinha a urgência de ter seriamente em conta as exigências dos professores. A determinação da Sinergia dos professores do território Kongolo em declarar greve seca atesta a extensão do desconforto e do desejo dos professores em obter avanços significativos no seu estatuto profissional e na sua remuneração.
Além da questão salarial, esta decisão da greve seca impacta diretamente os estudantes. Ao pedir aos pais que mantenham os seus filhos em casa até novo aviso, a Sinergia dos Professores Congoleses destaca a importância do papel dos professores na sociedade e a necessidade de lhes dar um reconhecimento justo pelo seu trabalho.
É essencial que o governo tenha em consideração as reivindicações legítimas dos professores e se envolva num diálogo construtivo para encontrar soluções duradouras para os problemas levantados. A educação é um pilar fundamental do desenvolvimento de uma nação e é crucial garantir condições de trabalho dignas e uma remuneração justa aos professores para garantir uma educação de qualidade para todas as crianças congolesas.
Em conclusão, a situação dos professores em Kongolo destaca os desafios enfrentados pelos profissionais da educação na RDC. É urgente reconhecer o seu trabalho e responder às suas legítimas exigências, a fim de garantir um futuro melhor para a educação congolesa.