No início de setembro de 2024, o mundo da educação na República Democrática do Congo é abalado por uma decisão unânime dos professores de diferentes sindicatos: o boicote ao início do ano letivo previsto para 2 de setembro. Os sindicatos envolvidos, incluindo SYNECAT, SYNEP e SYECO, tomaram esta decisão para exigir uma melhoria nas suas condições salariais, exigindo um salário de 500 dólares americanos. Este anúncio foi feito no final de uma assembleia geral realizada em Bukavu, marcando assim uma forte determinação por parte dos professores em ver as suas reivindicações atendidas.
A declaração conjunta dos sindicatos destaca que, apesar de um recente aumento de 32 dólares por salário de professor, eles permanecem intransigentes na sua exigência de atingir a marca de 500 dólares. Esta exigência é vista como legítima e essencial para garantir um nível de vida digno aos professores, garantes da saúde educativa da juventude congolesa. Diante dessa situação, os professores deixaram claro que não retomariam as aulas na segunda-feira seguinte até que suas demandas fossem atendidas.
Jacques Cirimwami, secretário provincial do SYNECAT, afirmou firmemente que a retoma das aulas dependeria directamente do aumento da remuneração prometido pelo governo. Esta posição rigorosa atesta a determinação dos professores em fazer ouvir a sua voz e em obter o reconhecimento do seu trabalho pelo seu verdadeiro valor.
A assembleia geral realizada em Bukavu foi também uma oportunidade para apresentar as conclusões dos encontros realizados em Kinshasa entre a Ministra da Educação, Raïssa Malu, e os representantes dos professores de diferentes regiões do país. Estas discussões pré-escolares lançaram, portanto, as bases para um diálogo construtivo e essencial para uma resolução rápida e justa deste conflito.
Esta mobilização dos professores congoleses destaca a importância crucial da promoção da profissão docente, pilar fundamental de qualquer sociedade. Neste sentido, é imperativo que as autoridades competentes considerem seriamente as exigências salariais dos professores, garantindo assim a qualidade da educação e o bem-estar de quem a ministra. O futuro da juventude congolesa depende de professores realizados e respeitados, e é essencial que as suas reivindicações legítimas sejam ouvidas e tratadas com a devida consideração.