Os agricultores deslocados no Planalto têm agora a oportunidade de recuperar a sua autonomia graças ao projecto REHAEPI, que visa reintegra-los através de actividades agrícolas. Este projecto, lançado em Kpwasho, na área do governo local de Bassa, é uma colaboração entre a Comissão Nacional para Refugiados, Migrantes e Pessoas Deslocadas Internamente (NCFRMI) e o Ministério Federal da Agricultura e Segurança Alimentar.
Os líderes tradicionais da zona de Bassa doaram 150 hectares de terras agrícolas, dos quais 50 hectares foram atribuídos ao projecto. O objectivo deste projecto é apoiar 300 pessoas deslocadas no Planalto, fornecendo-lhes insumos, subsídios em dinheiro e cobrindo os custos laborais. Este apoio permitirá aos beneficiários cultivar culturas variadas, como arroz, milho, sorgo e trigo, contribuindo assim para a segurança alimentar e o empoderamento económico.
O projeto REHAEPI não é simplesmente uma iniciativa isolada. Faz parte de uma abordagem global que visa proporcionar oportunidades agrícolas sustentáveis às pessoas deslocadas. A criação de um mecanismo de monitorização e avaliação garante a sustentabilidade do projecto e permite medir o seu real impacto nos beneficiários.
O Governador do Plateau, Caleb Muftwang, enfatizou a necessidade dos agricultores fazerem a transição da agricultura de subsistência para a agricultura comercial. Ele destacou o compromisso do Estado em apoiar as pessoas deslocadas e ajudá-las a regressar às suas casas de origem. Discutiu também iniciativas para promover a agricultura mecanizada e revitalizar o cultivo de rosas e café para exportação.
Tendo isto em mente, foi criada uma colaboração com o Corpo de Segurança e Defesa Civil da Nigéria para reforçar a segurança nas terras agrícolas, permitindo que os agricultores trabalhem em paz. Esta abordagem visa restaurar a prosperidade agrícola do Planalto e promover o desenvolvimento económico da região.
Em conclusão, o projecto REHAEPI representa um vislumbre de esperança para as pessoas deslocadas no Planalto, oferecendo-lhes uma oportunidade de reconstruir as suas vidas através da agricultura. Incorpora um grande exemplo de colaboração entre autoridades locais, agências governamentais e o sector privado para promover a segurança alimentar e o empoderamento das comunidades deslocadas.