A República Democrática do Congo registrou uma perda de quase 600.000 hectares de florestas primárias em 2024, de acordo com a Global Forest Watch.

O desmatamento na República Democrática do Congo (RDC) levanta questões complexas que merecem nossa atenção. De fato, relatórios recentes da Global Forest Watch revelam uma perda alarmante de florestas primárias, colocando o país entre os mais afetados no mundo. Esse fenômeno não pode ser dissociado da dinâmica socioeconômica subjacente, onde uma dependência aumentada de recursos energéticos insustentáveis, como lenha, exacerba pressões no meio ambiente. Em um contexto em que a RDC é frequentemente descrita como o "segundo pulmão do planeta", a necessidade de reconciliar a conservação e o desenvolvimento econômico está se tornando cada vez mais premente. Como então encontrar um equilíbrio que ajuda a preservar as florestas enquanto atende às necessidades vitais das populações locais? É confrontado com esse desafio que surge a questão de um diálogo construtivo e inclusivo entre todas as partes interessadas, nacionais e internacionais.
## overs em desmatamento na República Democrática do Congo: uma reflexão sobre as causas e consequências

Em maio de 2025, o Global Forest Watch (GFW), um projeto do World Resources Institute (WRI), publicou um relatório alarmante mostrando uma perda significativa de florestas primárias na República Democrática do Congo (RDC). Em 2024, o país perdeu 590.000 hectares dessas florestas preciosas. Essa estatística, que representa um aumento de 60.000 hectares em comparação com o ano anterior, coloca a RDC no mundo no mundo em termos de perda de florestas primárias, logo atrás do Brasil e da Bolívia.

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A RDC, frequentemente designada como o “segundo pulmão do planeta” após a Amazônia, é crucial não apenas para a biodiversidade, mas também para a regulação do clima geral. O desmatamento nessa região encontra suas raízes em várias dinâmicas, geralmente interconectadas, que vão além das simples medidas ambientais. Entre as principais causas identificadas pelo GFW estão a expansão da terra cultivada, a produção de carvão e extração de madeira.

Esse fenômeno não é isolado da RDC. Em um contexto global, de acordo com o GFW, a perda total de florestas tropicais primárias em 2024 totalizou 6,7 milhões de hectares. Essa figura, embora preocupante, levanta questões fundamentais sobre modelos de consumo e desenvolvimento econômico em todo o mundo.

#### uma necessidade energética premente

É importante reconhecer o contexto socioeconômico da RDC, que desempenha um papel crucial na dinâmica do desmatamento. De acordo com estudos do Banco Mundial, 98,8 % do consumo de energia doméstica na RDC vem da biomassa, a maioria dos quais é lenha e carvão. Essa alta dependência de fontes de energia insustentável não apenas alimenta o desmatamento, mas também exacerba a vulnerabilidade das populações diante de desafios contemporâneos, como pobreza e acesso limitado a alternativas de energia mais limpa.

Diante desse desafio, como podemos considerar uma transição para fontes de energia sustentáveis ​​sem penalizar populações que dependem desses recursos para sua sobrevivência diária? Quais mecanismos podem ser implementados para incentivar a sustentabilidade, respeitando as necessidades básicas dos habitantes?

### para uma consciência coletiva

O relatório da GFW também destaca o fato de que grandes incêndios, embora muitas vezes mencionados como um fator de desmatamento importante em escala global, não são os principais motores de desmatamento na bacia do Congo. Isso exige uma reflexão em profundidade sobre as políticas ambientais implementadas e as medidas que os governos podem tomar para mitigar essas perdas. Uma estratégia de reflorestamento poderia oferecer uma solução ecológica e econômica?

Além disso, a implementação do manejo sustentável dos recursos florestais poderia oferecer caminhos promissores para preservar as florestas enquanto atendem às necessidades energéticas das comunidades locais. As iniciativas de reflorestamento e a promoção de energias renováveis ​​podem constituir alavancas eficazes nesse contexto.

#### Um diálogo necessário

O desmatamento na RDC não é apenas um problema local ou nacional, mas uma questão relativa à comunidade internacional. É imperativo iniciar um diálogo construtivo que inclui não apenas as autoridades políticas e ambientais, mas também as comunidades locais. O que este pode trazer em termos de soluções pragmáticas com base em seu conhecimento do campo? Qual o papel da comunidade internacional para apoiar a RDC, respeitando sua soberania territorial?

Em suma, a crise do desmatamento na República Democrática do Congo requer uma abordagem holística, equilibrando a conservação, o desenvolvimento econômico e levando em consideração as necessidades das populações locais. É usando vínculos entre diferentes partes interessadas que soluções duradouras e justas poderão surgir, levando não apenas a preservação das florestas, mas também para a melhoria das condições de vida dos congoleses. Esse desafio coletivo merece consideração e ação concertadas, nacionais e internacionalmente, para construir um futuro onde a natureza e a humanidade coexistem em harmonia.

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