A inteligência artificial pode contribuir com US $ 1500 bilhões para o PIB africano até 2030, apesar dos desafios estruturais a serem superados.

A inteligência artificial (IA) desperta o crescente interesse na África, prometendo um impacto econômico significativo com as projeções que evocam uma contribuição potencial de US $ 1500 bilhões para o PIB até 2030. No entanto, essa visão otimista levanta questões sobre os desafios estruturais que podem limitar essa dinâmica. As infra -estruturas digitais ainda frágeis, a falta de localização do tráfego e lacunas da Internet em termos de habilidades digitais, são todos os problemas a serem levados em consideração. Nesse contexto, é crucial explorar as maneiras possíveis para que o continente possa transformar esses desafios em oportunidades, refletindo sobre as estratégias necessárias para integrar novas tecnologias, atendendo às necessidades específicas de suas populações. O futuro da IA ​​na África, embora promissor, dependerá da capacidade dos atores envolvidos em agir de maneira concertada e adaptada.
### Inteligência artificial na África: promessas e desafios estruturais

A inteligência artificial (IA) é frequentemente apresentada como um potencial vetor de desenvolvimento econômico, com projeções que evocam uma contribuição de US $ 1500 bilhões para o PIB do continente africano até 2030, de acordo com uma análise da gigante tecnológica do Google. Essa promessa de potencial colossal nos convida a refletir sobre a maneira como a África pode se integrar a essa dinâmica mundial da IA. No entanto, por trás dessa fachada otimista, várias deficiências estruturais merecem ser examinadas.

### Infraestrutura digital: um grande problema

O acesso à Internet é um fator fundamental para a implantação das tecnologias de IA. Em 2024, apenas 38 % da população africana estava conectada, uma figura bem abaixo da média global de 68 %, conforme relatado pela União Internacional de Telecomunicações (UTU). Essa divisão digital, que em particular afeta as regiões rurais, constitui um primeiro obstáculo ao desenvolvimento da IA ​​no continente.

Além disso, a penetração da banda larga permanece insuficiente: a África instalou aproximadamente 1,33 milhão de quilômetros de fibra óptica, uma figura que, embora o progresso, esteja atrasado nos requisitos exigidos pela digitalização avançada. Portanto, surge a questão: como a África pode considerar a integração na Revolução 4.0 com infraestrutura ainda frágil?

### Localização do tráfego da Internet: um desafio estratégico

Outro grande desafio é a falta de localização do tráfego da Internet, que permanece alto. De acordo com a Sociedade da Internet, apenas três países africanos conseguiram respeitar a meta de 80 % da localização do tráfego definido para 2020. Quase 80 % do tráfego continua sendo transitido por linhas internacionais, aumentando os custos de acesso e a latência, o que complica o uso de ferramentas gourmet na largura de banda. Essa realidade coloca uma questão crucial sobre as escolhas estratégicas que podem fortalecer a autonomia digital dos países africanos.

Os pontos de troca da Internet (IXP), ainda subdesenvolvidos, representam uma oportunidade para reduzir custos e energizar o setor digital. Como os tomadores de decisão políticos podem avançar nessa direção para transformar a infraestrutura existente em alavancas do desenvolvimento econômico e social?

### Habilidades digitais: uma questão de treinamento

O desafio das habilidades digitais é igualmente preocupante. Os dados da UNCTAD mostram que os países menos avançados, a maioria dos quais na África, registram um desempenho significativamente menor em termos de habilidades em comparação com outros países desenvolvidos ou desenvolvidos. Esse déficit cria um duplo obstáculo: por um lado, limita a capacidade de inovação local e, por outro lado, dificulta a adoção da IA ​​em setores cruciais, como saúde, educação ou agricultura.

O desenvolvimento de talentos locais deve se tornar uma prioridade para os estados africanos, mas isso requer um investimento apoiado em educação e treinamento. Qual o papel dos governos, atores privados e organizações internacionais para incentivar essas habilidades essenciais?

#### para um futuro inclusivo para a IA na África

O otimismo em torno da IA ​​na África é baseado na capacidade do continente de remover esses obstáculos estruturais. É importante enfatizar que, embora existam desafios, o potencial é inegável. Os países africanos têm uma oportunidade única de estabelecer iniciativas inovadoras para se registrar na corrida mundial da IA.

Para aproveitar essa oportunidade, é necessária uma abordagem holística. Isso inclui não apenas o investimento em infraestrutura digital, mas também políticas públicas proativas que promovem inovação, educação e desenvolvimento de habilidades. Além disso, pode ser benéfico explorar parcerias estratégicas, regionais e internacionais, a fim de compartilhar recursos e infraestrutura.

Em conclusão, permanece a questão essencial: a África será capaz de enfrentar esses desafios para transformar as promessas da inteligência artificial em uma realidade tangível e benéfica para seu desenvolvimento econômico e social? A resposta pode muito bem moldar o futuro de um continente em busca de soluções inovadoras diante de seus desafios contemporâneos.

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