Como a violência entre o Codeco e a UPDF em Fataki revela a urgência da assistência humanitária em Ituri?

### Fataki em pleno caos: A urgência de uma resposta humanitária à violência do Codeco e do Exército Uganda

Nesta semana, as esperanças e sonhos de milhares de habitantes de Fataki, uma localidade do território de Djugu em Iuri, foram brutalmente reduzidos a cinzas devido a combates ferozes entre os milicianos do Codeco do Grupo Armado e o exército de Uganda. Essa escalada de violência fez com que um êxodo maciço, levando as famílias a fugir de suas casas a buscar refúgio em áreas consideradas mais seguras. Essa situação trágica não apenas levanta preocupações humanitárias, mas também questiona a responsabilidade dos governos diante de uma crise dessa magnitude.

#### Viagens maciças e condições desumanas

Apenas as tensões da violência pacífica, as histórias de pessoas deslocadas emergem, revelando condições de vida deploráveis. Mulheres e crianças, vulneráveis ​​por natureza, estão frequentemente na linha de frente nesses contextos de conflito. Segundo testemunhos, as crianças dormem no chão, privadas de alimentos e cuidados médicos, enquanto fogem da incerteza de um retorno para casa. De fato, a infraestrutura vital, como os hospitais, foi danificada e as casas reduzidas a cinzas, deixando para trás comunidades inteiras devastadas.

Um relatório da UNICEF indica que, em 2022, mais de 5 milhões de pessoas já foram transferidas para a República Democrática do Congo (RDC) por causa da violência armada, com grande parte dessa população em Iuri, uma província historicamente afetada por conflitos. A taxa de mortalidade infantil e as doenças da água, exacerbadas pela falha na infraestrutura, continuam a alimentar uma crise humanitária em espiral.

#### Uma chamada à ação

Floribert Ndjabu, eleito do distrito eleitoral de Djugu, lançou um apelo urgente à assistência humanitária, alertando que a falta de reação do governo central poderia piorar ainda mais a situação. Como uma voz da população, ele enfatiza que as famílias vítimas de confrontos de Fataki merecem atenção urgente. Essa situação deixa um gosto amargo de abandono entre os nacionais de Iuri, que se sentem marginalizados pelo governo, cujas promessas de resgate permanecem sem resposta.

#### manipulação política e desespero

As palavras de Gratien de Saint Nicolas Iracan destacam outro aspecto perturbador da crise: a manipulação política das massas. Os jovens, frequentemente incorporados em grupos armados, devem ser educados e cientes do perigo desse ciclo de violência, o que contribui para sua própria destruição, bem como a de suas comunidades. Em uma região em que a falta de comunicação clara e oficial sobre as relações militares entre as forças armadas locais e ugandenses pode levantar dúvidas e aumentar as tensões, é essencial que os líderes locais incentivem a unidade e não a divisão.

#### Uma reflexão sobre a recorrência de conflitos

Este triste episódio lembra a recorrência de conflitos na RDC, onde fatores econômicos, políticos e sociais esfregam os ombros para gerar um clima de violência permanente. Iuri experimentou inúmeros ciclos de violência desde as guerras de 1996-2003, e cada nova escalada deixa para trás consequências duradouras humanas e socialmente.

Dados alarmantes revelam que 70% das viagens na região são amplamente causadas pela violência inter -comunitária. Isso levanta a questão da necessidade de uma abordagem sistemática e inclusiva, que não se limita à emergência humanitária, mas que também busca enviar as profundas causas de conflitos, envolvendo todos os estratos da sociedade, incluindo jovens, mulheres e grupos marginalizados.

#### Perspectivas para o futuro

É imperativo que a comunidade internacional e as agências humanitárias, como o OCHA, se mobilizem rapidamente para responder a essa crise, não apenas enviando ajuda imediata, mas fortalecendo as capacidades das comunidades locais para gerenciar conflitos. A longo prazo, os programas de reconciliação e justiça de transição poderiam ser avenidas para explorar uma calma duradoura na região.

Os trágicos eventos que estão ocorrendo atualmente em Fataki chamam cada um de nós para uma reflexão aprofundada sobre nossa crise coletiva. Diante da violência e instabilidade, é essencial restaurar a dignidade das populações afetadas, reafirmando nosso compromisso não apenas tratar os sintomas, mas também trabalhar ativamente em paz e reconciliação para as gerações futuras.

Nesta luta pela sobrevivência, cada voz conta. É nossa responsabilidade fazer com que aqueles que, no coração dos conflitos, não podem mais falar.

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