** Google, o mercado de mídia e o desafio de propriedade intelectual na África do Sul: uma perspectiva renovada **
No final do mês passado, o Comitê de Competição da África do Sul publicou um relatório provisório de sua investigação nas plataformas de mídia e digital (MDPMI). Entre suas muitas conclusões, o relatório levanta preocupações bem conhecidas sobre o poder monopolista do Google no setor de pesquisa on -line e seu impacto na mídia nacional de informação. De fato, a proposta de que o Google deve compensar os editores de notícias sul -africanos pelo valor adicional extraído anualmente, estimado entre 300 e 500 milhões de rands, abre um grande debate sobre a sustentabilidade do jornalismo em um ambiente digital cada vez mais dominado por gigantes tecnológicos.
### “Uso justo” problemas
O relatório também aborda o problema do futuro da pesquisa de notícias alimentadas pela inteligência artificial (IA), bem como a possível implementação do projeto de lei sobre a modificação dos direitos autorais. O fornecimento de propostas de “uso justo” gera ramificações profundas, tanto para criadores quanto para empresas tecnológicas, e podem transformar o cenário de direitos autorais na África do Sul.
A implementação deste projeto de lei poderia potencialmente permitir que empresas como o Google explorem o conteúdo de uma maneira mais livre, criando assim um ambiente propício à inovação tecnológica, mas em detrimento dos produtores de conteúdo. Em outras palavras, se o mercado de mídia diante de um ambiente em que o AIS substituirá cliques em artigos por resumos gerados automaticamente, o que o futuro permanece para os jornalistas tradicionais?
Além disso, deve -se notar que a Comissão presumiu semelhanças entre as cláusulas de “uso justo” sul -africano e americano sem levar em consideração as diferenças significativas que existem entre as duas jurisdições. Essa abordagem levantou questões sobre a capacidade dos juízes de interpretar essas novas leis, enquanto a tradição legal da África do Sul se baseia em princípios e valores fundamentalmente diferentes.
### IA Impacto no jornalismo
Na era digital, o surgimento da IA oferece perspectivas incríveis, mas também desafios sem precedentes para a indústria do jornalismo. De acordo com um estudo da McKinsey, até 2030, até 30 % dos empregos poderiam ser automatizados, o que poderia reduzir a demanda por determinadas funções na escrita. Os resumos gerados pela IA poderiam substituir a força de trabalho humana, ampliando assim o risco de ver as vozes singulares desaparecerem que são essenciais para a saúde de uma democracia.
Um estudo da Knight Foundation em 2022 revelou que a confiança do consumidor na mídia tradicional é recusada, exacerbada pelo remo de informações não contabilizadas sobre as redes sociais. Nesse contexto, a mídia tradicional, se quiserem se adaptar, não apenas precisará reivindicar sua parcela de novas tecnologias, mas também melhorar sua oferta para convencer um público cada vez mais céticos.
### aceito Atterap para direitos autorais
Longe de ser uma questão técnica simples, a questão dos direitos autorais dentro da estrutura da IA e o conteúdo gerado é um espelho de tensões entre criatividade humana e interesses comerciais. Uma estrutura legal sólida em torno dos direitos autorais pode redefinir os contornos da propriedade intelectual, preservando os direitos dos criadores e promove a inovação.
A implementação de colaborações informadas entre o governo, empresas tecnológicas e players de mídia é crucial. Um modelo de cooperação pode ser inspirado em países como a Austrália, onde foram criadas medidas para forçar as plataformas digitais a compensar os editores pelo uso de seu conteúdo, conforme mostrado no caso da News Corp e do Facebook em 2021.
### Conclusão: Redefine o cenário da mídia da África do Sul
Assim, torna -se imperativo reavaliar a dinâmica do mercado de mídia na África do Sul à luz dos avanços tecnológicos e dos desafios legais que eles geram. A resposta do setor de mídia a essas transformações pode definir não apenas seu futuro, mas também a capacidade da empresa de acessar informações de qualidade em um mundo onde a IA transforma os fundamentos da pesquisa de informações.
No final, a questão não se limita à compensação financeira, mas é uma questão de garantir informações livres e justas, preservando a criatividade e a diversidade que encapsulam a essência da democracia. O relatório da Comissão da Concorrência, embora junto em lições, não deve ser considerado como um julgamento final, mas como um apelo à ação para levar em consideração as dimensões éticas, legais e sociais que o cenário da mídia é chamado para evoluir.