### Despertar da comunidade internacional: uma reação tardia ao assalto de Ruanda na RDC
A recente declaração de Maxime Prévot, vice -primeiro -ministro belga e ministro das Relações Exteriores, durante a 58ª sessão do Conselho de Direitos Humanos em Genebra, destacou um problema essencial: a soberania e a integridade territorial da República Democrática do Congo (RDC) no The the Face da agressão ruandesa. Embora essa consciência possa parecer tarde, levanta questões críticas sobre a dinâmica da política internacional e o tratamento de conflitos armados no século XXI.
### O Acordo da União Europeia: uma pista levada tarde
A convergência dos Estados -Membros da União Europeia, bem como o apoio dos Estados Unidos e do Reino Unido na imposição de sanções contra Kigali, testemunha uma reação coletiva à ameaça representada pelo M23. Historicamente, as sanções econômicas e as restrições políticas geralmente foram medidas de primeira linha para impedir ataques. No entanto, sua eficácia depende da velocidade de sua implementação e de seu caráter decisivo. Uma análise das sanções aplicadas em situações semelhantes (como o embargo às vendas de armas na Líbia em 2011) mostra que a reatividade é crucial para impor uma mudança de comportamento. No contexto atual, vários fatores podem limitar o impacto dessas sanções, como a duração do processo de tomada de decisão na UE e as alianças estratégicas que permanecem entre diferentes estados.
#### Um padrão geopolítico duplo?
A analogia feita por Maxime Prévot entre a crise na Ucrânia e a situação na RDC levanta uma pergunta ardente: por que observamos um duplo padrão nas reações internacionais aos conflitos? Embora a euforia diplomática e a mobilização sem precedentes em torno da Ucrânia pareçam fazer parte de uma lógica de defesa dos valores democráticos universais, a RDC, com seus milhões de vítimas ao longo das décadas, permanece no controle da indiferença prolongada. A ausência de uma reação uniforme pode sugerir que a posição geográfica e a importância econômica de um país influenciam o tratamento desproporcional nas decisões ocidentais.
#### Uma análise comparativa das respostas internacionais
Para entender melhor a situação, é relevante examinar os números. Em 2023, a ONU informou que mais de 5 milhões de pessoas foram transferidas para a DRC oriental, enquanto os relatórios do Banco Mundial indicam que a economia da região foi fortemente impactada pela instabilidade. Por exemplo, as sanções econômicas aplicadas em resposta a agressões semelhantes mostraram resultados positivos quando os esforços concertados foram feitos internacionalmente.
As sanções contra o Irã, por exemplo, levaram a negociações diplomáticas que levaram a mudanças na política. Por outro lado, a ineficácia das medidas tomadas contra atores como a Síria ilustra as dificuldades de implementação e aplicação diante de alianças regionais complexas.
### vem em relações internacionais
O impasse atual na RDC oferece terras férteis para a reavaliação da política externa dos países europeus e de seus parceiros. O relatório do Grupo Internacional de Crises sugere que grupos armados, como M23, exploram o vazio criado pela falta de intervenção internacional. As sanções prometem ser uma arma em potencial, mas devem ser acompanhadas por um plano de ação humanitária para evitar piorar a crise humanitária.
Além disso, o apoio de países vizinhos, como Uganda e Burundi, para certas facções na RDC, sublinha a importância de uma abordagem regional. Porque a segurança na África Oriental não pode ser dissociada dos fluxos migratórios, questões econômicas e lutas de poder que transcendem fronteiras.
#### Uma oportunidade de reflexão e ação coletiva
Essa reversão da situação oferece uma rara oportunidade para a comunidade internacional se unir e tomar medidas concretas. O chamado da Bélgica e da França para uma frente unida contra a agressão ruandesa pode ser o catalisador que a RDC precisa. Estabelecer uma estrutura sólida para diplomacia preventiva e responder efetivamente às provocações pode estabelecer um precedente para outros conflitos na África e em outros lugares.
Em suma, a situação na RDC, embora preocupante, também é um reflexo de lacunas e prioridades flutuantes da comunidade internacional. Um compromisso forte e concertado não só poderia ajudar a estabilizar a região, mas também a restaurar a credibilidade das instituições internacionais diante das crises humanitárias. Os dias e semanas prometem determinar se a comunidade internacional poderá aproveitar essa oportunidade gerada pelo despertar tardio para a crise conglomerada.
** Clément Muamba **