Conflitos mortais em Kivu do Sul, na RDC: a coligação rebelde Makanika-Red Tabara desafia as FARDC

Na conturbada região de Kivu do Sul, na República Democrática do Congo, confrontos sangrentos abalaram mais uma vez a população. No centro desta violência, a coligação Makanika-Red Tabara opôs-se às Forças Armadas da República Democrática do Congo (FARDC), deixando um trágico número de mortos de 33 pessoas, incluindo 31 membros da coligação rebelde e 2 soldados. FARDC.

Os recentes combates ocorreram durante dois dias intensos, de 25 a 26 de dezembro de 2024, na região de Minembwe e arredores, localizada no território de Fizi. As tensões cristalizaram-se em posições estratégicas, nomeadamente no campo de aviação de Kiziba, em Minembwe, que a coligação Makanika-Red Tabara alegadamente tentou capturar. As FARDC informaram que esta tentativa visava estabelecer uma ligação com o Ruanda para facilitar o fornecimento de armas e munições, com o objectivo de abrir uma frente AFC-M23 na região do Kivu do Sul.

O tenente Elongo Kyondwa Marc, porta-voz da operação Sukola 2 South South Kivu, relatou 33 mortes no total, incluindo 2 soldados das FARDC e 31 membros da coligação rebelde. Sublinhou a resistência das forças armadas congolesas e a sua capacidade de repelir os ataques inimigos, apesar da violência dos confrontos.

As FARDC também denunciaram um “plano maquiavélico” idealizado por certos actores da sociedade civil local, incitando a população a rebelar-se contra o exército regular. Esta situação reflecte a complexidade do conflito que assola a região, realçando as questões geopolíticas e os interesses divergentes que alimentam as tensões.

Perante esta escalada de violência, as autoridades congolesas reforçaram a presença militar nas aldeias e localidades dos planaltos altos e médios de Uvira, Fizi e Itombwe, a fim de contrariar qualquer tentativa de ligação entre os grupos rebeldes e as coligações activas na a região.

A situação no Kivu do Sul continua preocupante, simbolizando os desafios humanitários e de segurança que a RDC enfrenta. Perante esta violência recorrente, é imperativo promover o diálogo e a procura de soluções pacíficas para garantir a segurança e a estabilidade da população local.

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