Este mês de Novembro foi marcado por um aumento preocupante de casos de violações sexuais ligados a conflitos na República Democrática do Congo. De acordo com o último relatório do Gabinete Conjunto das Nações Unidas para os Direitos Humanos, os grupos armados foram responsáveis por 69% dos 26 incidentes registados, afectando 41 vítimas adultas. Esta estatística representa um aumento de 7% face ao mês anterior, quando foram reportados 13 incidentes, afetando 48 vítimas.
Os números são alarmantes, revelando a violência persistente e devastadora levada a cabo por estes grupos armados contra as populações vulneráveis. O M23 destaca-se por ter cometido o maior número de violações, com 11 vítimas a seu crédito. É seguido pela FRPI, CODECO, ADF, bem como outras facções como o grupo Maï-Maï da Coligação Nacional para a Soberania do Congo (CNPSC) e a facção Kabala. Cada um desses grupos causou profunda dor e trauma às vítimas que só queriam viver em paz.
Esta série de números demonstra uma realidade brutal e insuportável para as populações locais que sofrem diariamente estas atrocidades. As Forças Armadas da República Democrática do Congo (FARDC) também não são poupadas, sendo atribuídas a 30% das vítimas registadas. É essencial que sejam tomadas medidas concretas e eficazes para pôr fim a estes abusos, proteger as populações e levar os responsáveis à justiça.
É essencial sensibilizar a opinião pública para esta situação alarmante e mobilizar as autoridades nacionais e internacionais para pôr fim a esta violência insuportável. As vítimas destes crimes merecem ser ouvidas, apoiadas e reparadas na sua dignidade e integridade. É dever de todos nós condenar estes actos bárbaros e lutar juntos por um futuro onde a paz e a segurança prevaleçam sobre a violência e o terror.
Juntos, podemos e devemos agir para acabar com estas violações sexuais hediondas e garantir um futuro mais seguro e justo para todos. Chegou a hora de fazer ouvir as nossas vozes e de nos mobilizarmos colectivamente por um mundo onde os direitos humanos sejam respeitados e protegidos em todas as circunstâncias.