Fatshimetrie: Relatório sobre as consequências devastadoras do vazamento de petróleo no Estreito de Kerch
O impacto desastroso da fuga de petróleo de dois petroleiros russos danificados no Estreito de Kerch está a causar preocupação entre os grupos ambientalistas. Imagens divulgadas nas redes sociais mostraram aves marinhas cobertas de óleo combustível, resultado direto do derramamento de 3.700 toneladas deste produto petrolífero pesado e de baixa qualidade no estreito.
Ambos os navios antigos foram seriamente danificados durante as tempestades no Mar Negro no fim de semana. Eles carregavam cerca de 9.200 toneladas de óleo combustível, e vídeos feitos no local também mostraram um líquido preto subindo entre as ondas. Este desastre ocorreu no Estreito de Kerch, que separa a Rússia da Crimeia, uma península ucraniana anexada ilegalmente por Moscovo em 2014.
O governador da região vizinha de Krasnodar, na Rússia, Veniamin Kondratev, disse que o vazamento de petróleo era “controlável”. “Podemos afirmar com segurança que não haverá ameaça à época balnear de 2025”, acrescentou. Apesar desta garantia, grupos ambientalistas e o Ministério do Ambiente ucraniano expressaram profunda preocupação com as consequências que esta fuga poderia ter no ecossistema marinho. A região é um local vital para golfinhos migratórios e outros mamíferos marinhos.
Uma operação de resgate de emergência foi lançada no domingo, depois que um dos petroleiros encalhou e teve sua proa arrancada em condições climáticas extremas. Infelizmente, um marinheiro entre os 13 tripulantes morreu. O segundo petroleiro também foi danificado e ficou à deriva com 14 tripulantes a bordo. Acabou encalhando a 80 metros da costa, perto do porto de Taman, na região de Krasnodar, na Rússia. Felizmente, todos os marinheiros foram resgatados.
A Ucrânia acusou a Rússia de não respeitar as regras de segurança marítima nesta região. O Estreito de Kerch é também uma passagem marítima vital que liga o Mar de Azov ao Mar Negro e tem sido palco de tensões entre a Rússia e a Ucrânia desde a anexação da Crimeia por Moscovo.
Esta tragédia realça os riscos para o nosso ambiente marinho e levanta questões cruciais sobre a segurança do transporte marítimo e a protecção da vida selvagem marinha. É imperativo que sejam tomadas medidas rigorosas para prevenir tais catástrofes no futuro e para proteger os nossos oceanos e as espécies que deles dependem.