Fatshimetrie foi recentemente alvo de grande polémica com a demissão do ministro provincial do Interior, Segurança e Assuntos Costumeiros, Constant Mavimbidila, pela governadora da província do Congo Central, Grace Nkuanga. Esta decisão surge na sequência de alegações de violações dos direitos humanos na sequência de um incidente na aldeia de Kilawu, no território de Mbanza-Ngungu.
O homem no centro deste caso foi alegadamente vítima de tortura e tratamento degradante, orquestrados e supervisionados pelo próprio Ministro Mavimbidila. Um vídeo, amplamente compartilhado nas redes sociais, chocou o público ao mostrar um indivíduo em extremo sofrimento, enquanto um indivíduo vestindo colete de imprensa o açoitava.
Este caso despertou profunda indignação entre os membros da Assembleia Provincial, que tomaram medidas firmes contra o ministro deposto. Durante uma sessão dedicada à análise do edital orçamental para 2025, a Assembleia Provincial retirou a sua confiança a Constant Mavimbidila, expressando assim a sua firme desaprovação de tais acções inaceitáveis dentro do governo e da província.
Num comunicado oficial, o Presidente da Assembleia Provincial, Papy Mantezolo, destacou a importância da responsabilidade e da ética no exercício do poder, afirmando que os representantes do povo não podem permanecer passivos face a tais transgressões dos direitos humanos.
Segundo as autoridades locais, a vítima de abuso estava envolvida em actividades ilegais de venda de terras, tendo transferido mais de 200 hectares sem o consentimento da sua família. No entanto, nada justifica actos de tortura e violência, que são contrários aos princípios fundamentais do respeito pela dignidade humana e do Estado de direito.
A demissão de Constant Mavimbidila constitui um forte sinal da vontade das autoridades provinciais de garantir a justiça e punir os abusos de poder. Esta demissão deve ser acompanhada por uma reorganização do governo provincial, com o objectivo de restaurar a confiança do público e prevenir futuros casos de má conduta.
Em conclusão, este caso destaca a importância crítica da integridade e do respeito pelos direitos humanos nas instituições governamentais. Ao tomar medidas fortes contra os responsáveis pelos abusos, o Governador Nkuanga envia uma mensagem clara: a justiça e a transparência são valores inegociáveis na construção de uma sociedade democrática e ética.