Nas águas tumultuadas do Lago Tanganica, desenrolou-se um drama trágico que abalou a paz dos habitantes da região. Dois mortos, um desaparecido e treze sobreviventes testemunham o caráter violento do acidente que atingiu uma canoa motorizada na noite de 11 para 12 de dezembro. Este acontecimento dramático, que deixou as famílias em luto e marcou os ânimos, destacou a fragilidade da vida nestas massas de água por vezes implacáveis.
Os testemunhos recolhidos revelam que a canoa de pesca, transportando brasas, saiu da aldeia de Kabumba com destino ao porto de Kalemie. Na aldeia de Kasebu, outros passageiros embarcaram, antes que o destino fatídico da canoa fosse selado entre as aldeias de Kilongwe e Mulembwe. Foi ali, nas águas tumultuadas do Lago Tanganica, que soprou um vento violento, fazendo o barco virar.
Entre as trágicas consequências deste naufrágio, foram encontrados dois corpos de bebés, enquanto uma mulher continua desaparecida. Os treze sortudos que conseguiram sobreviver são testemunhas vivas da tragédia que aconteceu naquela noite. Parte da carga pôde ser recuperada, testemunhando a violência do impacto e a força devastadora dos elementos.
Perante este trágico acontecimento, a Nova Dinâmica da Sociedade Civil, “Chunvi ya Congo”, da província de Tanganica, apela às autoridades provinciais para que tomem todas as medidas necessárias para reforçar a segurança da navegação e prevenir futuros naufrágios. Este apelo urgente sublinha a importância crucial de garantir a segurança das viagens marítimas na região, através da aplicação escrupulosa da regulamentação em vigor.
Este drama no Lago Tanganica, para além do seu aspecto trágico, recorda a vulnerabilidade do homem face à força implacável da natureza. Também destaca o imperativo absoluto de implementar medidas rigorosas para garantir a segurança dos viajantes e prevenir tais eventos no futuro. Que estas dolorosas lições ressoem como um aviso e encorajem uma reflexão profunda sobre a protecção das vidas humanas no mar, num mundo onde a natureza por vezes reivindica os seus direitos com uma brutalidade sem paralelo.