Deputados honorários revoltados: exigindo os seus direitos legítimos

Antigos deputados honorários da terceira legislatura organizaram uma manifestação em frente ao gabinete do Primeiro-Ministro para exigir o pagamento integral da sua compensação de saída, estimada em quase 35 mil milhões de francos congoleses. Apesar dos fundos disponíveis, apenas uma fracção dos montantes devidos foi paga, causando frustração e determinação entre os manifestantes. Este movimento destaca os desafios dos atores políticos em tempos de transição e destaca a importância de respeitar os direitos pós-mandato. As autoridades são chamadas a agir para encontrar uma solução para este litígio.
**Situação inédita perante o Gabinete do Primeiro-Ministro: Deputados honorários exigem o pagamento integral da sua indemnização de saída**

Uma cena inusitada ocorreu em frente ao Gabinete do Primeiro Ministro nesta segunda-feira, 8 de dezembro. Os deputados honorários da terceira legislatura organizaram uma manifestação para exigir à força o pagamento integral dos seus subsídios de saída. A sua acção, no mínimo notável, realça a disfunção persistente no reconhecimento dos seus direitos legítimos.

Estes ex-parlamentares, que exerceram funções durante o período de 2018 a 2023, lamentam um atraso significativo no pagamento das suas quotas. As exigências dos manifestantes são claras: exigem o pagamento integral dos seus subsídios de saída, incluindo documentos de viagem, que representam uma soma estimada em quase 35 mil milhões de francos congoleses, ou aproximadamente 12,3 milhões de dólares.

Durante esta manifestação, foi entregue um memorando no gabinete do Primeiro-Ministro, destacando a frustração dos deputados honorários face à negligência administrativa de que são vítimas. Willy Bolio, porta-voz do colectivo, sublinhou que o seu pedido não é um capricho, mas um direito fundamental consagrado nos textos que regem o funcionamento das instituições.

Este movimento de protesto não é o primeiro do género. Com efeito, durante uma recente sessão plenária da Assembleia Nacional, já tinha ocorrido um incidente que obrigou o Presidente da Câmara Baixa, Vital Kamerhe, a esclarecer publicamente a situação. Afirmou então que os fundos solicitados pelos deputados honorários já estavam disponíveis no banco, quando na realidade apenas uma ínfima percentagem da sua remuneração tinha sido paga.

Diante do impasse atual, os ex-deputados manifestaram sua determinação em continuar a luta para vencer o caso. Eles até prometem recorrer a outras ações importantes caso suas demandas não sejam atendidas antes das férias de final de ano.

Esta situação realça as dificuldades enfrentadas por muitos intervenientes políticos em tempos de transição. Destaca também a importância de respeitar os direitos e os compromissos contratuais, mesmo depois de terminado o mandato político. É agora essencial que as autoridades competentes tomem medidas concretas para resolver este litígio e evitar qualquer escalada que possa prejudicar a imagem das instituições democráticas existentes.

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