Discussões recentes em torno da supervisão de crianças deslocadas do Kivu do Norte e do Sul em Kinshasa despertaram o interesse e o empenho do Presidente Félix-Antoine Tshisekedi. Durante a recepção destas crianças na residência do Monte Ngaliema, no dia 3 de Dezembro de 2024, o Chefe de Estado ficou profundamente comovido com a sua história e a sua situação precária. Esta reunião foi o ponto de partida de uma iniciativa ambiciosa que visa estabelecer uma política nacional específica para o apoio às crianças deslocadas e às vítimas da guerra até Junho de 2025.
O objectivo desta política é claro: prestar cuidados adequados a estas crianças vulneráveis e abrir-lhes perspectivas futuras. Na verdade, estas crianças não são apenas vítimas diretas de conflitos, mas também testemunhas de cenas traumáticas que podem ter um impacto duradouro nas suas vidas.
O Presidente Tshisekedi sublinhou a urgência de agir para preservar o futuro destes jovens prejudicados. Dado que mais de metade das pessoas afectadas pelo conflito na República Democrática do Congo são crianças, é imperativo que sejam postas em prática medidas concretas para garantir o seu bem-estar e segurança.
A situação humanitária nas províncias orientais do país é alarmante. A violência, a instabilidade e a falta de serviços básicos continuam a ter um forte impacto na população congolesa, com mais de 25 milhões de pessoas a necessitar de assistência humanitária. As deslocações maciças de populações, especialmente de mulheres e crianças, tornaram-se comuns, acentuando a precariedade das condições de vida nestas áreas de catástrofe.
Apesar desta grande crise humanitária, a República Democrática do Congo enfrenta um défice crónico de financiamento, com apenas 35% do plano de resposta humanitária coberto em 2024. Esta situação de subfinanciamento agrava a angústia das populações afetadas, deixando muitas famílias numa situação de extrema vulnerabilidade. .
Perante esta realidade alarmante, o estabelecimento de uma política nacional de apoio às crianças deslocadas e às vítimas da guerra parece ser um passo necessário e urgente. É essencial garantir cuidados adequados a estes jovens em dificuldades, oferecer-lhes um ambiente seguro e oportunidades para reconstruir as suas vidas.
Em conclusão, a iniciativa do Presidente Tshisekedi de desenvolver uma política nacional para o cuidado das crianças deslocadas e das vítimas da guerra constitui um passo positivo na direcção certa. É essencial que esta política seja implementada de forma concertada, eficaz e sustentável para satisfazer as necessidades essenciais destes jovens prejudicados e contribuir para a construção de um futuro mais promissor para a República Democrática do Congo.