No coração das majestosas montanhas do Kivu do Norte, o choque de armas nunca deixa de ressoar, marcando o território de Lubero com uma marca sangrenta. As FARDC e os rebeldes do M23 estão envolvidos numa luta feroz, onde cada tiro anuncia um impasse impiedoso. No dia 5 de dezembro, entre as aldeias de Mighobwe e Matembe, as duas forças confrontaram-se num bailado macabro, símbolo de uma guerra impiedosa.
Testemunhos perturbadores da sociedade civil relatam cenas de violência insuportáveis, com detonações de armas pesadas ressoando ao longo da estrada nacional número 2. As aldeias vêem-se mergulhadas num pesadelo sem fim, com medo e incerteza pairando sobre cada telhado.
Em Kaghote, uma aldeia pacífica perto de Kirumba, uma bomba atingiu o solo sem causar danos materiais, mas a ameaça continua presente, pronta para devastar a paz dos habitantes. A confusão reina, as linhas de frente tomando forma num redemoinho de fumaça e sangue.
Nas sombras destas batalhas jazem vidas destruídas, famílias dilaceradas pela violência e pelo terror. O Kivu do Norte, cenário de drama incessante, torna-se o símbolo de uma região devastada por conflitos armados, onde a esperança parece consumir-se nas chamas da guerra.
Perante esta tragédia humana, a comunidade internacional deve agir, para se opor à injustiça e à barbárie. Toda vida importa, todo grito de angústia merece ser ouvido. É tempo de virar a página negra da história do Kivu do Norte, de oferecer um futuro melhor àqueles que perderam tudo nos tormentos da guerra.
Nestas horas sombrias, permanece um raio de esperança, frágil mas tenaz. É hora de estender a mão a quem sofre, de reconstruir o que foi destruído. Porque, para além das batalhas e dos conflitos, está em jogo a dignidade de todo um povo, à espera de uma onda de solidariedade e de paz.