No contexto actual, em que a paz permanece frágil, a evolução das conversações de paz no Sudão do Sul está a atrair especial atenção. Apesar da assinatura do Acordo Revitalizado de 2018, certos grupos da oposição que não aderiram a este acordo estão atualmente envolvidos nas negociações em curso em Nairobi.
O conflito civil que dilacerou o país durante cinco anos, causando a trágica perda de mais de 400 mil vidas, ainda está vivo nas nossas memórias. As conversações de Tumaini, que começaram em Maio, encontraram obstáculos, incluindo a demissão da delegação governamental anterior pelo Presidente Salva Kiir. Apesar da nomeação de uma nova equipa, atrasos impediram a sua presença efectiva em Nairobi em duas ocasiões, sem explicação oficial.
Reafirmando há um mês que as conversações em curso não visavam substituir o Acordo de Paz de 2018, o Presidente Kiir sublinhou que visavam abordar as preocupações dos grupos dissidentes e integrá-los no processo de paz. No entanto, a plena implementação do Acordo tem dificuldade em concretizar-se, enquanto as eleições nacionais marcadas para Dezembro de 2024 foram adiadas para 2026, prolongando o período de transição do país.
Estas eleições, históricas para o Sudão do Sul, oferecem uma oportunidade crucial para o país consolidar a sua democracia e reforçar a sua estabilidade política, permitindo que o povo se expresse livremente. À medida que as conversações de paz progridem, o futuro do Sudão do Sul permanece incerto, mas a esperança de uma resolução pacífica persiste se todas as partes interessadas se comprometerem sinceramente a trabalhar em conjunto para um futuro melhor para a sua nação.