**Ameaça de extremistas rebeldes cresce na República Democrática do Congo**
Os recentes ataques perpetrados por rebeldes ligados ao grupo Estado Islâmico no leste da República Democrática do Congo sublinharam mais uma vez o perigo que estes grupos armados representam para as populações civis. As autoridades informaram que pelo menos nove pessoas, incluindo um bebé de oito meses e uma menina de 14 anos, foram mortas no ataque à aldeia de Tenambo, na província de Kivu do Norte.
Os rebeldes pertencentes às Forças Democráticas Aliadas espalharam o terror incendiando casas e raptando várias pessoas, deixando para trás uma paisagem de destruição e desolação. Esta situação alarmante põe mais uma vez em evidência a vulnerabilidade dos habitantes do leste do Congo à violência dos grupos armados que operam na região.
Durante décadas, o leste da RDC tem sido palco de conflitos armados mortais, alimentados por rivalidades políticas, reivindicações territoriais e exploração de recursos naturais. Os grupos armados competem pelo controlo do território e dos minerais preciosos, em detrimento das populações locais que vivem com medo constante da violência e dos abusos.
Os ataques recorrentes das Forças Democráticas Aliadas exacerbaram o sofrimento dos residentes da região, especialmente em Goma, a principal cidade do leste do Congo, e na província vizinha de Ituri. As Nações Unidas e as organizações de direitos humanos denunciaram os abusos cometidos pelas ADF, denunciando centenas de vítimas e numerosos raptos, especialmente de crianças.
Num relatório recente, o Gabinete Conjunto das Nações Unidas para os Direitos Humanos apelou à instauração de processos judiciais contra os responsáveis por graves violações dos direitos humanos cometidas por grupos armados na RDC. É urgente pôr fim à impunidade dos autores destes crimes e garantir a segurança das populações civis que sofreram durante demasiado tempo os horrores da guerra.
Perante o aumento da violência e da insegurança no leste da República Democrática do Congo, é imperativo que as autoridades nacionais e os parceiros internacionais unam forças para proteger as populações civis e restaurar a segurança e a estabilidade na região. É tempo de pôr fim às violações dos direitos humanos e restaurar a paz e a dignidade ao povo do Leste do Congo, que aspira a viver em segurança num ambiente pacífico e próspero.