Fatshimetrie, uma reflexão sobre a industrialização da produção agroalimentar na República Democrática do Congo
No contexto actual da República Democrática do Congo, a industrialização é proposta como uma solução fundamental para estimular a produção agroalimentar e agrícola. Numa conferência recente em Kinshasa, durante o evento “digi expo agro”, o tema “Reinventar a industrialização e a produção local na RDC” esteve no centro dos debates.
Christian Lefi, vice-diretor da agência “Digiskill tech”, sublinha que para que o setor agroalimentar e de produção agrícola possa realmente emergir no país é imperativo passar pela industrialização. Esta transição para métodos mais industriais permitiria aos intervenientes no sector beneficiar das oportunidades económicas oferecidas pelo governo e pelas agências de desenvolvimento.
A RDC dispõe dos meios necessários para industrializar este sector, graças aos avanços tecnológicos que facilitam a concepção de máquinas e programas inovadores. A industrialização também traz vantagens inegáveis, como a atração de parcerias que promovem uma produção de qualidade por meio de processos de fabricação modernos e eficientes.
No entanto, Christian Lefi levanta um ponto crucial: muitos empresários e empresas industriais estão a lançar-se sem respeitar a política de industrialização em vigor. É essencial seguir um processo bem definido para integrar a industrialização de uma forma significativa. Fala-se em confiar a actividade às máquinas e a política industrial congolesa incentiva gradualmente esta transição.
Além disso, Hermeline Nlandu, gerente jurídica da “DigiSkill tech”, enfatiza o objetivo desta iniciativa: aproximar as soluções tecnológicas da industrialização local. Ao reunir clientes e intervenientes no financiamento empresarial, o objetivo é permitir que os empresários se mantenham na vanguarda da atualidade do setor, facilitando assim a industrialização dos seus projetos.
Em última análise, o desafio da industrialização da produção agroalimentar na RDC é uma questão importante para o desenvolvimento económico do país. Aproveitando os avanços tecnológicos e respeitando as políticas actuais, os intervenientes no sector poderão transformar os seus projectos em sucessos duradouros, contribuindo ao mesmo tempo para o crescimento e a prosperidade de toda a nação congolesa.