O mundo da indústria automóvel prende a respiração após o anúncio, domingo, 1 de dezembro, da inesperada demissão de Carlos Tavares, o emblemático chefe da Stellantis. Esta decisão, tomada “com efeitos imediatos”, mergulha o grupo franco-ítalo-americano num período de incerteza quanto à sua orientação futura.
O conselho de administração da Stellantis, presidido por John Elkann, formalizou a demissão de Carlos Tavares, provocada por “diferentes pontos de vista”. Henri de Castries, administrador da Stellantis, sublinhou a importância desta decisão inesperada, sugerindo grandes mudanças dentro do grupo.
O anúncio desta demissão surge no momento em que a Stellantis lançou um processo de sucessão para o cargo de diretor-geral, originalmente previsto para o início de 2026. Esta situação deixa o mistério em torno da identidade do sucessor de Carlos Tavares, que será nomeado nos próximos meses.
A Stellantis, que reúne marcas de renome como Chrysler, Citroën, Fiat, Jeep, Dodge, Lancia, Opel, Peugeot, Ram e Vauxhall, já tinha anunciado resultados decrescentes no primeiro semestre, nomeadamente devido a uma queda significativa nas vendas no Norte. América.
A súbita demissão de Carlos Tavares surge no momento em que o próprio líder reconhece as dificuldades enfrentadas pela Stellantis, qualificando a situação atual de um “período de transição muito turbulento”. No entanto, a vontade de recuperar na segunda parte permaneceu no centro das suas preocupações.
Este anúncio marca, portanto, um grande ponto de viragem para a Stellantis, que se encontra numa encruzilhada crucial na sua história. A eventual nomeação de um novo gestor poderá redefinir as estratégias e rumos do grupo, para responder aos actuais desafios do mercado automóvel.
Entretanto, a indústria automóvel prende a respiração, aguardando ansiosamente informações adicionais sobre o futuro da Stellantis e as possíveis repercussões desta demissão surpresa.