O Partido Lumumbista Unificado (PALU) encontra-se abalado por ondas de dissensão interna que ameaçam comprometer a sua unidade e coesão. A recente declaração do deputado nacional de Bulungu, Donatien Bitini Talabau, destaca uma crise dentro do partido, envolvendo uma luta pelo poder pelo controlo da sua liderança.
Segundo Donatien Bitini Talabau, o único secretário-geral legítimo da PALU é Didier Mazenga Mukanzu. Esta afirmação baseia-se numa decisão do Tribunal Superior de Kinshasa-Matete, que proibiu explicitamente Willy Makiashi, o antigo secretário-geral, de envolver o partido em quaisquer acções. Este acórdão confirma assim as resoluções tomadas durante o III congresso da PALU, realizado em 31 de janeiro de 2024 na freguesia de Fátima, e reconhece oficialmente Didier Mazenga como autoridade autorizada a representar e comprometer o partido.
Neste contexto tumultuado, Donatien Bitini Talabau apela ao reconhecimento de Didier Mazenga como o único líder da PALU. Convida os activistas do partido, bem como toda a população congolesa, a apoiar esta legitimidade e a respeitar as decisões tomadas pelo tribunal. Além disso, sublinha que a sede oficial do partido ainda permanece na 4ª rue Limete industrial, em Kinshasa.
Esta disputa interna surge num momento delicado para o PALU, após a recente morte de Antoine Gizenga Fundji, figura emblemática do partido. Este vazio deixado pelo patriarca levou a confrontos internos e lutas pelo poder que lançaram o partido numa turbulência jurídica pelo controlo da sua liderança.
É crucial que a PALU consiga resolver estas tensões internas e estabelecer estabilidade nas suas estruturas de liderança para poder prosseguir a sua missão política e social. A unidade e a coesão dentro do partido são essenciais para garantir a sua sustentabilidade e a sua capacidade de responder aos desafios atuais e futuros que enfrenta.