Um caso complexo: A recuperação do passaporte de Michèle Samba Malata marca uma viragem no caso Chérubin Okende

Em 11 de novembro de 2024, Michèle Samba Malata, viúva de Chérubin Okende, recuperou finalmente o seu passaporte confiscado desde fevereiro de 2024. Esta etapa marca um ponto de viragem no complexo caso em torno da morte do antigo ministro congolês. A morte de Chérubin Okende em julho de 2023, declarada suicídio, despertou dúvidas e indignação entre pessoas próximas a ele. A família apresentou queixa contra Christian Ndaywel, suspeito de envolvimento. Este caso levanta questões sobre a transparência da justiça na RDC.
Neste dia 11 de novembro de 2024, uma notícia importante do caso Chérubin Okende abala mais uma vez a opinião pública congolesa. Michèle Samba Malata, viúva do falecido Chérubin Okende, conseguiu finalmente recuperar o seu passaporte que tinha sido confiscado desde 16 de Fevereiro de 2024 pelas autoridades do aeroporto internacional de Ndjili. Esta recuperação marca um ponto de viragem num caso complexo que envolveu a trágica morte do antigo Ministro dos Transportes e Comunicações, Chérubin Okende.

Acompanhada pelo seu advogado, Maître Laurent Onyemba, Michèle Samba Malata reuniu-se com o diretor jurídico do DGM para finalizar este procedimento. Recorde-se que o passaporte foi confiscado no âmbito de uma proibição emitida pela Procuradoria de Kinshasa/Gombe, no âmbito de uma investigação judicial. A recuperação do passaporte é um passo simbólico para Michèle Samba Malata, que sem dúvida viveu meses de tumulto e incerteza após a perda do marido.

A morte de Chérubin Okende, encontrado sem vida no seu jipe ​​4×4 em Julho de 2023, causou uma onda de choque na República Democrática do Congo. As conclusões do Procurador-Geral do Tribunal de Cassação, declarando que Chérubin Okende se tinha suicidado, suscitaram indignação entre pessoas próximas do opositor e dentro do seu partido. As revelações sobre a existência de um caderno no qual Chérubin Okende expressava profundo desconforto lançaram um véu de suspeita sobre o caso.

A família de Chérubin Okende, insatisfeita com as conclusões oficiais, decidiu apresentar queixa contra Christian Ndaywel, vice-chefe do Estado-Maior encarregado da inteligência militar congolesa, suspeito de estar envolvido no brutal desaparecimento do opositor. Esta abordagem demonstra o desejo da família Okende de esclarecer as reais circunstâncias da morte de Chérubin e de procurar justiça.

Este caso, tão trágico quanto complexo, levanta questões cruciais sobre a transparência da justiça e a responsabilidade das autoridades na República Democrática do Congo. Esperemos que a verdade venha à tona e que a justiça seja feita a Chérubin Okende e à sua família, num país onde a política e os interesses são por vezes fontes de tensão e de drama humano.

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