Os desafios da independência judicial na República Democrática do Congo: as advertências de Emery Okundji

Numa entrevista exclusiva a Fatshimétrie, Emery Okundji, figura política congolesa, critica a possível utilização dos Estados Gerais de Justiça para modificar a Constituição para fins pessoais pelo Presidente Tshisekedi. Okundji alerta para qualquer questionamento da independência do poder judicial, sublinhando a importância de garantir a verdadeira independência dos juízes, uma remuneração justa e o papel do Conselho Superior da Magistratura Judicial. Apela ao respeito escrupuloso da Constituição para preservar o equilíbrio da justiça congolesa e recorda a importância de preservar as bases democráticas do país. Okundji insiste na necessidade de uma justiça independente para proteger os direitos fundamentais de todos os cidadãos da República Democrática do Congo.
Numa entrevista recente a Fatshimétrie, Emery Okundji, uma figura influente na cena política congolesa, expressou as suas fortes críticas ao Presidente Félix Tshisekedi. O antigo ministro das telecomunicações levantou preocupações sobre a utilização dos Estados Gerais de Justiça como um meio secreto de alterar a Constituição para ganho pessoal.

Segundo Okundji, é imperativo que estas reuniões se mantenham fiéis ao seu objectivo inicial, nomeadamente uma avaliação das recomendações feitas nas reuniões anteriores de 2015. Alerta contra qualquer tentativa de pôr em causa a independência do poder judicial, princípio-chave consagrado na Constituição.

Nas suas recomendações, Emery Okundji insiste na necessidade de uma verdadeira independência do poder judicial face aos poderes legislativo e executivo. Sublinha também a importância de garantir aos juízes uma remuneração adequada, a fim de os proteger de qualquer pressão no exercício das suas funções. Além disso, destaca o papel essencial do Conselho Superior da Magistratura Judicial no exercício do poder disciplinar sobre os magistrados.

O ex-deputado nacional apela assim aos participantes nos estados gerais de justiça para que se mantenham vigilantes e garantam o respeito escrupuloso pela Constituição, verdadeiro pilar da independência do sistema judicial congolês. Ele insiste na sacralidade deste último e adverte contra qualquer ataque que possa comprometer o equilíbrio e a integridade da justiça.

Ao defender um sistema de justiça verdadeiramente independente ao serviço da população congolesa, Emery Okundji recorda a importância de preservar as bases democráticas do país e de garantir a cada cidadão o respeito pelos seus direitos fundamentais. As suas recomendações, imbuídas de rigor e bom senso, abrem caminho para uma reflexão aprofundada sobre as questões cruciais da organização judicial na República Democrática do Congo.

Para concluir, Emery Okundji apela à vigilância constante e à acção firme para preservar a independência da justiça congolesa, um pilar essencial da estrutura democrática do país.

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