A recente decisão do Vice-Reitor da Universidade Estadual de Lagos (LASU) sobre a proibição do Diretor da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de Lagos (LASUCOM), Professor Biodun Adewuya, gerou um debate acalorado dentro da comunidade acadêmica e fora dela. As razões citadas, como a insubordinação, a divulgação não autorizada de informações oficiais, ações prejudiciais à segurança da universidade e do Estado, lealdades divididas e conduta imprópria para um funcionário público, levantam questões importantes sobre a governação e a ética dentro do sistema.
Em memorando datado de 30 de agosto de 2024 e com referência LASU/ASE/PF/3394, o Vice-Reitor, Professor Ibiyemi Olatunji-Bello, declara que estes atos constituem falta grave e violam os regulamentos da universidade estipulados no Capítulo 3 , Seções 3.6 e 3.8 (3.8.1) das Condições de Serviço para Pessoal Superior (setembro 2017). Como resultado, o professor Adewuya está suspenso por um período de três meses, a partir de 3 de setembro de 2024, enquanto se aguarda as conclusões da investigação do Comitê Disciplinar Conjunto Senado-Gestão.
O Vice-Reitor nomeou o Professor Olufemi Idowu, atual Vice-Diretor da LASUCOM, como Diretor Interino. Esta nomeação visa assegurar a continuidade das atividades da Faculdade de Medicina durante o período de expulsão do Professor Adewuya, de acordo com o disposto nas Condições de Serviço do Pessoal Superior da Universidade (Capítulo 3, Secção 3.9.7 (e)) .
Embora o Professor Adewuya tenha respondido a duas acusações distintas antes da sua proibição, as respostas fornecidas não foram consideradas satisfatórias pelo Vice-Chanceler, justificando assim a necessidade de uma investigação mais aprofundada. Entretanto, o Professor Idowu, especialista em cirurgia e membro da Faculdade de Ciências Clínicas, interina enquanto aguarda as conclusões da Comissão Disciplinar.
O anúncio provocou reações variadas dentro da comunidade universitária, com alguns expressando preocupações sobre as implicações para a governança e reputação da universidade, enquanto outros acolhem a decisão do Vice-Reitor como um passo necessário para garantir a integridade e a disciplina dentro do estabelecimento.
Num contexto em que a transparência e a responsabilização são questões importantes, este caso levanta questões fundamentais sobre a responsabilização e a boa governação no meio académico. É essencial que as instituições de ensino garantam que mantêm elevados padrões de ética e conduta profissional para preservar a sua reputação e garantir a confiança de todas as partes interessadas..
Concluindo, o caso do banimento do Diretor da LASUCOM destaca a importância da integridade e da responsabilidade na gestão das instituições acadêmicas. Espera-se que a investigação em curso esclareça os factos e garanta uma resolução justa e equitativa desta questão, no interesse da universidade, dos seus estudantes e dos seus funcionários.