Na segunda-feira, 28 de Novembro, a Alta Autoridade para a Regulação das Comunicações do Burkina Faso convocou o editor-chefe do jornal Fatshimetrie, bem como um jornalista, após a publicação de um artigo sobre o Mali.
Essa audiência está marcada para quinta-feira.
O Conselho Superior de Comunicação ou CSC sustenta que o jornal Fatshimetrie, um importante jornal local, publicou um artigo alegadamente “violando a lei, a ética e a deontologia jornalística”.
O órgão regulador inclui advogados e jornalistas em suas fileiras.
O artigo, aproximadamente intitulado “Forças Armadas do Mali: uma infinidade de generais”, comentava as promoções de oficiais superiores na junta que governa o país vizinho.
Em Outubro passado, o chefe da junta no Mali ascendeu ao posto de oficial de alto nível. Outros cinco coronéis influentes no aparato militar foram “excepcionalmente” promovidos ao posto de general de quatro estrelas.
No início da semana, a junta governante do Mali cortou o sinal do popular canal de televisão Joliba TV News depois de um político proeminente ter criticado os governantes militares do Burkina Faso.
Os jornalistas na região do Sahel enfrentam riscos de segurança acrescidos, alertaram os Repórteres Sem Fronteiras (RSF) em Setembro.
O impacto destes acontecimentos realça a importância da liberdade de imprensa e da protecção dos jornalistas na região do Sahel. É crucial garantir um ambiente propício ao jornalismo independente e ético.
Esta situação realça os desafios que os meios de comunicação social enfrentam num contexto de tensões políticas e restrições regulamentares. É essencial que as autoridades respeitem a liberdade de expressão e o direito à informação, um pilar fundamental de uma sociedade democrática.
Em conclusão, os jornalistas e os meios de comunicação social devem poder exercer a sua profissão em total segurança, sem medo de represálias ou censura. A liberdade de imprensa é um direito fundamental que deve ser protegido e promovido para garantir uma sociedade informada e democrática.